ter, 28 outubro 2025

Crítica | Tremembé

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Tremembé é uma produção baseada em fatos reais e inspirada nos livros do jornalista Ulisses Campbell, que explora a rotina da Penitenciária Doutor José Augusto César Salgado, conhecida como “presídio dos famosos”. A trama mergulha nas complexas dinâmicas de convivência de criminosos de grande repercussão nacional, como Suzane von Richthofen, Elize Matsunaga, os irmãos Cravinhos e outros criminosos. 

O primeiro episódio da série revela um pouco do tom da produção de cinco episódios. Se você espera ver um show focado em revisitar os crimes dos detentos, uma produção que levante debates sobre justiça, mídia e o sistema prisional brasileiro a decepção será grande. Tremembé até faz isso, mas de modo bastante superficial. O primeiro episódio é centrado em Suzane von Richthofen, que é vivida brilhantemente por Marina Ruy Barbosa (Totalmente Demais), a atriz retrata de modo impressionante uma psicopata fria, calculista e maniqueísta da jovem é dá calafrios, em todos os momentos em que surge em tela.

Nesse episódio vemos como von Richthofen foi para no presídio e a sua relação com as demais detentas. Os personagens que dividem o presídio com a garota que matou os pais são apresentados com grandes letreiros em freeze-frames que revelam suas identidades, crimes e tempo de condenação, as informações chocam e relembra que nenhum deles é um personagem digno de pena ou empatia, por mais que as situações que eles passem no presídio sejam cruéis.

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O roteiro escrito por cinco roteiristas quer ser sensacionalista e aposta no obsessão do brasileiro por true crimes e por entender quem são as pessoas que cometeram crimes que chocaram o Brasil. Sabendo disso a produção explora, de modo novelesco, o dia a dia desse grupo de pessoas e as intrigas, conchavos que surgem nesse ambiente hostil.

Uma falha da produção foi mostrar os acontecimentos no presídio masculino e feminino paralelamente. Daria para fazer uma série focada apenas em apenas um desses ambientes e depois uma segunda temporada focada no outro. A história dedicada a ala feminia da prisão, que conta com as detentas: Anna Carolina Jatobá (Bianca Comparato) e Elize Matsunaga (Carol Garcia) possui mais situações interessantes e chocantes. Já no presídio masculino que conta com: os irmãos Cravinhos (Felipe Simas e Kelner Macêdo) e Alexandre Nardoni (Lucas Oradovschi) surge sem dramas instigantes e parece quase uma reunião de amigos. No fim, as situações apresentadas funcionam e entretém, mesmo que demorem a engrenar.

Em resumo, Tremembé é uma série que tem um único intuito: mostrar a vida dos criminosos que chocaram o país em um presídio sem julgar nenhum deles. Essa tarefa de condenar as atitudes, a produção dirigida por Vera Egito deixa para o espectador. O que interessa aqui é o show de entretenimento que essas pessoas hediondas podem gerar com seus conflitos, dramas e dores.

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Hiccaro Rodrigues
Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: [email protected]
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