qua, 24 abril 2024

Crítica | Trolls 2 (Trolls: World Tour)

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Em 2016, estreou nos cinemas uma fofa e divertida aventura chamada Trolls. O filme contou a história de Poppy, a líder otimista dos trolls, e Branch, o seu oposto, que embarcam em uma aventura para salvar os amigos capturados por monstros infelizes que querem se alimentar deles para ficarem… Felizes. Sucesso de bilheteria, indicação ao Oscar e adivinha? Isso mesmo: sequência garantida! Estamos aqui para falar sobre Trolls: World Tour. A sequência, devido a pandemia, tornou-se a maior estréia para um lançamento digital da história. O filme foi lançado em video on demand (VoD) e recentemente em alguns cinemas drive-in do país.

Foto: Dreamworks Animation/ Divulgação

A nova aventura inicia alguns momentos após a primeira e mostra a rainha Poppy (Anna Kendrick) e Branch (Justin Timberlake) fazendo uma descoberta surpreendente: Há outros mundos Troll além do seu. Quando uma ameaça misteriosa coloca todos os Trolls do país em perigo, Poppy, Branch e seu grupo de amigos devem embarcar em uma jornada épica para criar harmonia entre os Trolls rivais e uní-los contra um mal maior. A mistura de cores e texturas desta nova aventura surpreende e dá aos olhos uma sensação de realismo fora do comum. Além disso, o longa ainda ousa e coloca na história outros estilos de animação, para efeito de flash back, que engrandece ainda mais o longa e a qualidade técnica da Dreamworks, que não deixa a desejar em nada quando comparada com outros estúdio de animação. Neste quesito Trolls 2 é impecável e superior a primeira aventura! Porém nem tudo são flores e o longa peca em outras áreas importantes.

(from left) Legsly (Ester Dean), Guy Diamond (Kunal Nayyar), Smidge (Walt Dohrn), Biggie (James Corden), Mr. Dinkles (Kevin Michael Richardson), Satin (Aino Jawo) and Chenille (Caroline Hjelt) in DreamWorks Animation’s Trolls World Tour, directed by Walt Dohrn.

Enquanto arrasa na parte técnica, o longa falha em outras áreas. O roteiro propõem caricaturas para descrever os seis gêneros musicais distintos e seus representantes, mesmo o visual dos tecnostrolls sendo muito criativo, os demais designs são bem batidos. Até os ensinamentos morais e a escolha do “vilão” para o filme são pouco inventivos. A escolha do Rock como antagonista beira quase ao preconceito, rock = maldade. Sério?! As canções são boas e divertem, mas pouco agregam a trama. As canções modificadas pontualmente aqui e ali soam mais como uma playlist de sucessos aleatórios do que com algo escolhido pra transmitir alguma mensagem bem definida. O filme também perde a chance de explorar este recém descoberto universo. Dos cinco novos locais apenas dois são detalhados. O que é uma pena, mas isso se justifica pela pressa em contar a história (o filme possui apenas 80 min de duração) e a trama ocorre de modo bem acelerado, o que torna a história dinâmica, mas faz com que o longa não tenha tempo para “perder” com detalhes extras. As piadas em sua maioria possuem um timming cômico bom e funcionam, sendo bem bobinhas e inofensivas. O longa ainda aposta em algumas gags visuais que irão divertir os mais velhos.

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Foto: Dreamworks Animation/ Divulgação

Trolls: World Tour é um longa fofo, divertido e feito sob encomenda para os pequenos. Tecnicamente perfeito, essa sequência falha justamente nos maiores acertos do primeiro filme: mensagem e especialmente nas canções. Mas não são falhas graves. Se Trolls 2 fosse uma canção ela estaria no Top 10 das mais pedidas, porém estaria longe de se tornar um clássico.

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Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
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