dom, 22 dezembro 2024

Crítica | Um Broto Legal

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Chega aos cinemas nacionais “Um Broto Legal”, a cinebiografia conta a história da primeira cantora de rock nacional, Celly Campello. Ela, junto ao seu irmão Tony Campello, tem sua história e trajetória contada, desde Taubaté até outros estados do Brasil. A produção é estralada por Marianna Alexandre, Murilo Armacollo, Paulo Goulart Filho, Petrônio Gontijo e Felipe Folgosi.

O filme conclui bem sua proposta de mostrar a história tanto de Celly, quanto de seu irmão, Tony Campello, que teve grande influência na carreira de sua irmã e também teve uma grande carreira no Rock nacional, mostrando detalhes da vida profissional, e detalhes da vida pessoal que influenciaram e impulsionaram suas carreiras. O longa consegue de forma simples introduzir as motivações e características mais profundas que se tem relatos e mostrar de forma consistente as personalidades destacadas. O espectador é facilmente emergido a um momento histórico; as primeiras tentativas de introduzir o Rock um fenômeno no Brasil. Toda a paixão que os personagens sentem pela música podem emocionar qualquer um que tenha grande amor pelo gênero musical, a persistência de Tony em tornar Celly uma estrela, o machismo por trás da indústria musical, que persiste até hoje em muitos gêneros, e até mesmo a resistência por parte dos pais quanto aos filhos seguindo uma carreira na arte resultam em um forte impacto emocional, principalmente por se tratar de uma história real.

Infelizmente, por outro lado, algumas partes que não tem tanto impacto na história acabam ganhando muito destaque em certos momentos, e tornando pequenas partes do filme maçantes e cansativas. O principal problema, é que essas partes destacadas acabam tomando lugares que poderiam ser alocados por partes mais conclusivas, que acabam acontecendo de forma apressada e resumida – por mais que não afete em geral o rumo do roteiro, acaba tornando como obra audiovisual algo incômodo.

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Um detalhe importante que chama muita atenção se visto de forma mais aprofundada é o fato de que diferente de muitas produções que retratam épocas anteriores, a fotografia é livre de efeitos caricatos que costumam remeter a coisas mais antigas, sendo representada de forma limpa e clara. Talvez isso possa gerar inicialmente um estranhamento, principalmente para gerações mais atuais, que estão acostumadas a ver qualquer elemento existente antes de 1980 representado em preto e branco, ou com uma imagem menos claras e talvez seja exatamente isso que o filme tenha a intenção de romper. Os demais elementos que remetem aos anos em que se passa o filme são impecavelmente selecionados e utilizados de forma prática.

Um Broto Legal estreia nos cinemas em 16 de Junho.

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