sáb, 29 junho 2024

Crítica | Um Lugar Silencioso: Dia Um

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Enquanto os dois primeiros filmes buscam trabalhar esse conceito de pequenas coisas com  grandes impactos. Aqui, tudo parece muito mais desinteressante e cansativo com a proposta escolhida. O filme busca estabelecer o primeiro dia da invasão alienígena na terra, mas o impacto e tensão parece  diminuir mais e mais conforme a história avança.

Este filme nos leva de volta ao ponto onde tudo começou, acompanhando uma nova personagem, interpretada por Lupita Nyong’o, enquanto navega pelos horríveis primeiros momentos na cidade mais barulhenta do mundo: Nova York.

Parece tentar emular a ideia do primeiro filme em relação a simplicidade dos acontecimentos e grande impacto narrativo. Porém o alcançando aqui é uma estranheza enorme dado a situação, acompanhamos boa parte do filme nossa protagonista simplesmente querendo ir ao bairro onde cresceu para comer uma pizza. Existe sim o dilema da personagem com sua doença terminal e a desistência da vida, mas tudo parece não casar com essa ideia da invasão alienígena, ainda mais se tratando do primeiro dia.

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Lupita Nyong’o as “Samira” and Joseph Quinn as “Eric” in A Quiet Place: Day One from Paramount Pictures.

A direção não consegue criar situações tão interessantes quanto nos filmes anteriores da franquia. Até mesmo o iniciante diretor John Krasinski, que sabia de suas limitações, conseguia criar situações bem interessantes e tensão usando artifícios tão simples, porém fatais naquele novo mundo. Aqui tudo parece bem desinteressante, os cenários mal aproveitados. A ideia de mostrar a cidade mais barulhenta do mundo, Nova York. É uma boa sacada, porém é tudo bem automático, uma sensação de precariedade em estabelecer local/ameaça. É uma fórmula que é nítida, porém nos outros dois filmes eram driblados de uma forma mais criativa pelo Krasinski. Aqui isso não existe.

E a escolha de trazer Lupita Nyong’o  é talvez o maior acerto do filme. A ideia de pegar uma das atrizes com mais expressão da atualidade é ótima. O uso dos olhos, já elogiado em filmes como “Nós” ou “12 anos de Escravidão” tornam o ponto principal do filme para se ganhar alguma atenção justa, com o óbvio silêncio exigido com a sobrevivência, o trabalho corporal e facial da atriz causa essa sensação mínima de desespero. A personagem por mais que tenha esse dilema existencialista que é um problema com o resto do filme, causa simpatia justamente por conta da atriz, e também sua relação fofa com o gato Frodo.

É uma jornada bem esquecível e genérica. Talvez apenas o início cause uma sensação de perigo real com a chegada dos alienígenas. Conforme avança, tudo acaba ficando bem cansativo, a escuridão do filme que poderia causar medo, acaba passando mais a sensação de incômodo/erro. Com exceção de Lupita, o resto do elenco totalmente descartável, até mesmo essa ideia de retorno de antigos personagens é sabotada pelo próprio filme. Talvez a ideia tenha se saturado ou apenas caiu na mão de uma equipe pouco inspirada.

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