qui, 24 outubro 2024

Crítica | Venom 3: A Última Rodada

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O Sonyverso (apelido dado pelos fãs, ao universo de filmes focados nos vilões do Homem-Aranha) iniciou seus passos em 2018 com Venom, filme que é de longe o mais bem sucedido entre todos os lançamentos feitos pelo estúdio. Venom 3: A Última Rodada chega aos cinemas com duas missões: resgatar o frescor perdido desse universo e encerrar as aventuras de Eddie Brock. O terceiro capítulo da franquia mostra o protagonista e Venom em uma frenética fuga. Caçados por forças tanto do seu planeta natal quanto da Terra, a dupla se encontra em um aperto crescente, com a rede se fechando rapidamente ao seu redor. À medida que a pressão aumenta, Eddie e Venom são forçados a tomar uma decisão devastadora que marcará o fim de sua última dança juntos.

O novo filme conta com direção da estreante Kelly Marcel, que foi roteirista dos filmes anteriores da franquia. A estreia dela tem um saldo positivo. Graças a diretora e roteirista o filme é divertido, repleto de situações que exploram o humor peculiar, característico da franquia. Porém, ao contrário dos filmes anteriores o humor funciona na maioria das piadas inseridas e não cansa o espectador no seu desenrolar. A química entre Eddie Brock e seu simbionte, Venom, continua a render momentos hilários e situações absurdas que mantêm o público entretido. Porém, com o avanço da história vemos que o filme peca em coerência e profundidade.

No início da trama, somos apresentados ao vilão do filme, conhecemos sua origem, sua motivação e tudo relacionado a ele é assombroso! Tanto o visual de Knull como, os das criaturas, em CGI, que ele controla, são muito bem feitos merecem destaque. Ambos surgem e são realmente ameaçadores. Tudo até esse momento é apresentado de modo sombrio e sério, mas passada essa cena, o filme foca suas atenções no humor e com o desenrolar da narrativa vemos que esse “humor”, tem outras funções importantes: esconder a falta de lógica de algumas situações e os buracos do roteiro. Não que isso seja atrapalhe a diversão, mas os mais atentos vão perceber isso e podem se frustrar com o desenrolar da história.

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Os personagens secundários da trama são introduzidos pelo roteiro, de forma apressada e suas motivações não são exploradas em nenhum momento. Eles existem e são como são, fim! Essa decisão desperdiça a participação de atores como Juno Temple (Ano Um) e Chiwetel Ejiofor (Doutor Estranho) que mesmo assim se doam nas funções, que o roteiro dedica a eles. Porém essas decisões fazem com que os conflitos que vemos em cena (entre os personagens coadjuvantes, e entre eles e os protagonistas), percam a importância.

A história de 110 minutos até que se desenvolve de modo dinâmico. Mas é necessário ressaltar que a montagem é o ponto mais fraco da produção e ela não consegue dar fluidez narrativa, pois ela divide o filme em diversos blocos que são unidos por uma transição preguiçosa. O que dá a impressão de que estamos vendo esquetes. A trilha sonora é instigante e consegue engrandecer as cenas na quais são inseridas. Por fim, alguns easter eggs vão levar os fãs de quadrinhos a loucura.

Como dito anteriormente, o CGI das criaturas é épico e os simbiontes são feitos de modo correto num geral, sendo melhores vistos de noite. As cenas de ação são poucas, mas bem filmadas e coreografadas, usando de violência em alguns momentos. Destaque para a sequência de ação que aparece no ato final, sendo ela a melhor de toda a trilogia.

Venom 3: A Última Rodada é o melhor filme da franquia e apresentar uma experiência leve e divertida, que fará a alegria dos fãs do simbionte. Mas é necessário citar: a produção ficou aquém do que poderia ter sido e pode deixar um gosto amargo, para alguns.

PS. A produção possui duas cenas pós-créditos, uma no meio e outra no fim da projeção.

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Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: [email protected]
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