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    Crítica | Verdade ou Desafio (Truth Or Dare: Unrated Director’s Cut)

    Foto: Blumhouse/ Divulgação
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    Halloween chegando e os streaming estão investindo pesado nos longas de terror para aumentar a sua galeria de opções. Para os assinantes da Netflix chega Verdade ou Desafio, na versão estendida. O longa tem Lucy Hale (A Ilha da Fantasia) e Tyler Posey (Teen Wolf) liderando o elenco desse terror sobrenatural da Blumhouse (A Morte te Dá Parabéns) onde um inofensivo jogo de “verdade ou desafio”, entre amigos, torna-se fatal quando alguém – ou alguma coisa – começa a punir os que contam mentiras – ou não aceitam os desafios.

    Foto: Blumhouse/ Divulgação

    É inegável que a premissa de Verdade ou Desafio é interessante (leia curiosa), é mais inegável ainda que o terror é um gênero mutável, mesmo tendo alguns clichês. Todo ano sempre aparece uma nova proposta para assustar os fãs do gênero. A franquia Pânico, Atividade Paranormal, Jogos Mortais, Corra!, A Morte te dá Parabéns… Esses são vários exemplos de propostas criativas em prol do terror. Verdade ou Desafio, infelizmente não se encaixa nesse grupo. Não por falta de tentativa, que fique claro e por falta de qualidade mesmo.

    O diretor Jeff Wadlow (Kick Ass 2), mesmo com um premissa diferente de tudo visto, caí no lugar comum. O ponto de partida do filme, oferece pouca informação ao espectador, vemos apenas a protagonista e seu grupo de amigos caírem numa armadilha de um estranho que coloca sobre eles uma maldição que os obriga a participar de um jogo que pode levá-los imediatamente à morte caso se recusem a jogar com a entidade em questão. Se durante o filme, assim como os personagens nós fossemos incluídos no processo de descoberta do QUE DEABOS tá rolando, seria bom. Mas com o passar do tempos vemos que os personagens estão tão perdidos quanto nós. Os personagens estão ali, apenas para responderem as perguntas, aceitarem os desafios e morrer.

    Foto: Blumhouse/ Divulgação

    As mortes são bem elaboradas e possuem uma violência gráfica satisfatória, a sequência em cima de uma casa é a melhor de todo filme. Os fãs do gênero devem ficar felizes. O que não deve agradar é o roteiro escrito pelo próprio diretor em parceira com os estreantes Michael Reiz e William Jacobs. O filme pouco se interessa em desenvolver qualquer traço de personalidade de qualquer personagem. Eles são o que são, no filme vemos muita tensão sexual entre eles (afinal, eles são jovens serelepes de corpos exuberantes), e na trama temos alguns dilemas periódicos colocados aqui e ali para sacudir a história. O que vemos na telinha é uma Malhação do terror, só que com um texto menos polido.

    O longa esteticamente agrada usando algumas narrativas visualizadas pelo Instagram, Snapchat e outras ferramentas digitais, que poderiam ser usada em alguma crítica social sobre o uso da internet… Mas o filme só quer dar sustos gratuitos e usar uns filtros bonitinhos. O espírito maligno, possui a pessoa colocando um sorriso do Coringa de Jack Nicholson e arranca mais risadas involuntárias, do que qualquer outra coisa.

    Foto: Blumhouse/ Divulgação

    Verdade ou Desafio é um filme de terror genérico que possui mortes inspiradas, atuações fracas, humor involuntário e um final pra lá de confuso. A versão estendida do diretor pouco se diferencia da original, mas no fim das contas deve divertir o espectador. Mesmo tendo potencial pra fazer muito mais que isso.

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