dom, 22 dezembro 2024

Crítica | Vingança a Sangue Frio

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Algo que aprendemos com o cinema nesses últimos 10 anos foi que não se deve mexer em hipótese alguma com a família/entes queridos de Liam Neeson (A Lista de Schindler). Nesses últimos 10 anos Neeson protagonizou ótimos filmes de ação em sua parceria com o diretor Jaume Collet-Serra (O Passageiro) e vem se despedir deste segmento com o longa Vingança a Sangue Frio que é o filme de “ação” mais divertido e sanguinário da sua extensa carreira de ator.

Se você notou, escrevi o ação entre aspas, pois este filme está mais para uma comédia de humor negro recheada de sangue, tiros e mortes. Do que um longa de ação convencional. Eu mesmo, perdi a conta do número de mortes que ocorreram neste filme, rs. Me surpreendi ao descobrir que Vingança a Sangue Frio é uma refilmagem de um longa Norueguês de 2014 chamado In Order of Disappearance (O Cidadão do Ano). E quem dirige ambas as tramas é o diretor Hans Petter Moland (Uma Nova Vida), a sinopse de ambos os filmes é a seguinte: “Um pai de família segue seus dias levando seu trabalho de limpar as estradas cobertas de neve na cidade onde mora muito a sério. Quando seu filho é assassinado, ele resolve declarar guerra aos mafiosos responsáveis.” Com essa sinopse e Neeson no elenco, já sabemos que teremos bastante “tiros, porradas e bombas”. Bom, temos isso e muito mais.


O diretor Moland conta sua história de modo criativo e com bastante sarcasmo, quando achamos que ele vai cair num clichê, ops… Vem ele com uma surpresa (algumas boas e outras nem tanto). O filme é sensacional nesse quesito! Porém peca em alguns detalhes técnicos que melhorariam o filme, a montagem do longa em algumas cenas é confusa e a edição tem um cortes, digamos peculiares. Outra falha do filme se dá no roteiro que retrata o protagonista da história como um homem comum (sem habilidades profissionais de matança, que ficam bem claras no modo como as mortes ocorrem) mas que por alguma razão nunca corre o risco de ser flagrado cometendo seus crimes, o que acaba tirando um pouco da credibilidade do que vemos.

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Me arrisco a dizer que se não soubesse quem era o diretor, diria que os irmãos Coen (Fargo) seriam ao menos os produtores deste trilher de humor negro. As atuações do longa são caricatas, mas acabam sendo divertidas de se ver. Neeson nos entrega um trabalho coeso. Mas quem falha é Tom Bateman (Assasinato no Expresso do Oriente) que faz o vilão do longa que tenta aterrorizar, mas fracassa ao tentar se impor com uma atuação bem fraca. Alguns personagens da trama (leia os policiais, em especial) estão lá só para ocupar tempo em cena e não acrescentam em nada ao filme.

Vingança a Sangue Frio cumpre com louvor o seu papel de entreter, fugindo do senso comum de filmes de vingança e conseguindo arrancar boas risadas nas situações mais diversas possíveis. Mais um bom filme na carreira de Liam Nesson e por favor tenha cuidado para não mexer com a família dele, ele agradece (rs).

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Hiccaro Rodrigues
Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: [email protected]
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