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    Crítica | Vozes e Vultos

    Netflix/Divulgação
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    O novo terror da Netflix, Vozes e Vultos, conta a história de um casal de Manhattan que se muda para um vilarejo histórico no Vale do Hudson e descobre que seu casamento tem uma escuridão sinistra, que rivaliza com a história de seu novo lar. Um filme de terror sinistro, certo? Não necessariamente…

    Netflix/Divulgação

    Vozes e Vultos é baseado no livro “All Things Cease to Appear”, da romancista Elizabeth Brundage. Tanto o filme, como o livro misturam elementos de drama, mistério e terror. Porém, o filme nem sempre acerta o alvo. A direção do longa é da dupla Shari Springer Berman e Robert Pulcini (American Splendor) que trabalha pela primeira vez com o gênero de terror, o que é algo positivo, pois a dupla tenta a todo custo não cair nos clichês de sustos baratos. A trama é construída de modo refinado e gradativo e apresenta muitos elementos em tela, deixando para o espectador, o trabalho de juntar as peças para resolver o mistério. Mas às vezes, os elementos que são apresentados, são jogados e não possuem explicação ou função. Algumas questões da trama são o que são, apenas isso e não influenciam em nada na trama, servindo como uma pista falsa, o que pode frustar alguns espectadores. O mistério aqui vai sendo construído cena a cena, e o terror vai sendo inserido em pequenas doses, e no fim tudo isso é abandonado para ser feito de modo gratuito e sanguinolento. O que desperdiça a trama construída.

    Netflix/Divulgação

    A produção possui uma direção de fotografia maravilhosa e figurinos que nos fazem crer que estamos vendo uma trama dos anos 80. Os mais detalhistas podem notar que as roupas refletem a personalidade dos personagens em cena, note por exemplo, como as roupas e os penteados do professor universitário reforçam o seu caráter e tire suas conclusões. Além destes pontos positivos o filme possui, ótimas atuações. Amanda Seyfried (Mank) constrói uma personagem muito tensa, mas que a todo momento se controla para não enlouquecer, James Norton (Além da Morte) interpreta um personagem que parece ser uma coisa, mas que se revela com o tempo. A química deles com o restante do elenco é boa e as atuações são o melhor que o filme pode oferecer. O ponto fraco fica para o anticlímax que surge no terceiro ato e a mistura de elementos fantásticos e sombrios, que isoladamente funcionam, mas que juntos neste filme deixam uma sensação de que algo está sobrando.

    Vozes e Vultos é um mistério fantasioso de terror. Se você achou essa definição vaga assista o longa e comprove que esse filme é isso mesmo. O filme não é ruim, mas fica longe de ser memorável.

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