dom, 22 dezembro 2024

Crítica | Wasp Network: Rede de Espiões

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Wasp Network: Rede de Espiões é o mais novo filme da Netflix, recheado de estrelas de Hollywood e com roteiro baseado em uma história real.

Dirigido pelo francês Olivier Assayas o filme é baseado no livro “Os Últimos Soldados da Guerra Fria: A História dos agentes secretos infiltrados por Cuba em organizações de extrema direita nos Estados Unidos” e narra a história de 5 agentes Cubanos que entram nos EUA como exilados políticos, mas que tem a real intenção de que eles se infiltrassem em grupos que atuavam contra o regime de Fidel Castro.

Os cinco agentes secretos cubanos infiltrados entre os anticastristas mobilizaram o apoio de nove colaboradores, todos residentes nos EUA e pró-Cuba (sete homens e duas mulheres). São, portanto, 14 os personagens da Rede Vespa presentes no livro. Já no filme, os personagens foram reduzidos a três espiões a serviço de Havana: René González (Édgar Ramírez), Juan Pablo Roque (Wagner Moura) e Manuel Viramóntez (Gael García Bernal), este, o chefe da operação. Ampliou dois papeis femininos: Olga Salanueva (Penélope Cruz), esposa cubana que René abandonou em Havana, e Ana Margarita, a futura e bela esposa (Ana de Armas), a quem Juan Pablo se uniria, em Miami, e também a máfia.

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A operação Havana-Miami que é a história direta do filme, é bem diferente de clássicos da espionagem. Os espiões cubanos não têm tecnologia, não portam armas e afins. A maioria deles tem empregos ruins (com exceção de Roque) e vivem exatamente como deveriam ser para não serem reconhecidos. Inicialmente eles atuam em uma organização formada pela ideia de se resgatar cubanos no mar que estão fugindo do terrível regime de Fidel e buscando asilo nos EUA, mas que se transforma em terrorismo, com tráfico de drogas e armas.

As falas e cenas sobre o regime cubano aliás são bem reais, mostrando tudo que a população sofria – e sofre – como falta de alimentos, racionamento de energia, e toda a precariedade do pais. E falando por mim, fazer um filme em Cuba em 2020 e dizer que foi filmado em 1950, dá na mesma. O país se mantém igual.

Por outra lado é mostrado também que muito do mal causado as pessoas por Cuba se dá pelas embargos americanos. Uma guerra de lideranças e ideias e sempre prejudicou a população.

Com uma narrativa baseada em fatos reais, o filme se estende mais do que deveria e nos confunde várias vezes (algumas de propósito, outras sem motivo) fazendo com a atenção aos fatos se perca, mesmo sendo uma história de grande atenção internacional. Apesar do elenco estrelado, o longa não consegue andar em linha reta e convencer como filme.

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Uillian Magela
Uillian Magelahttps://estacaonerd.com
Co-Fundador do Estação Nerd. Palestrante, empreendedor e sith! No momento, criando meu sabre de luz para cortar a lua ao meio. A, SEMPRE escolha a pílula azul. Não faça como eu!
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