sex, 3 maio 2024

Crítica | WHAM!

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Em WHAM!, novo documentário lançado pela Netflix, George Michael e Andrew Ridgeley revivem a trajetória da clássica dupla, desde o início da amizade nos anos 1970 até o sucesso pop na década de 1980.

Durante as décadas de 1980 e 1990, era praticamente impossível uma rádio não transmitir um dos maiores sucessos do Wham!, dupla britânica de pop-music formada pelo saudoso George Michael e Andrew Ridgeley. O estouro do grupo nas paradas musicais, principalmente devido à sua inventividade, carisma e letras que misturavam as doces ilusões juvenis oitentistas a temas consideravelmente maduros – como a liberdade de expressar e vencer obstáculos que implicam na sua busca por felicidade -, obviamente não veio da noite para o dia.

Em WHAM!, a relativamente curta duração de 1 hora e 30 minutos demonstra uma incrível eficiência e dinâmica em contar, por meio de valiosas imagens de arquivo e antigas narrações em off de George Michael e Andrew Ridgeley, os antecedentes da fama, a curiosa luta da dupla para ser levada a sério em meio a um mercado selvagem e um público e crítica carrascos, além de inúmeros desafios que levaram a quase desistência dos sonhos e ao questionamento comum entre qualquer ser humano que arrisca em tentar algo novo: “será que estou fazendo isso da maneira correta?”.

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Imagem: Reprodução

No decorrer do longa-documentário WHAM!, é mostrado com detalhes passo a passo do trajetória do grupo, desde o primeiro rap lançado por eles, “Wham! Rap”, ao reconhecimento graças ao Top of the Pops, a descoberta da sexualidade de George Michael (o que viria a influenciar bastante sua carreira musical), o primeiro número 1, que foi o estrondoso sucesso Wake Me Up Before You Go Go, até mesmo os rasos conflitos de ideias e estilos musicais enfrentados por Michael e Ridgeley, que chegou longe de ser um desentendimento, pois a produção deixa clara a forte amizade e cooperação dos músicos durante e mesmo após o Wham!. Também é dedicado espaço para expor a genialidade de Michael como compositor e fazer justiça, não só a ele, como também a Andrew Ridgeley, atribuindo para ambos todo o reconhecimento e merecimento que a eles são mais do que dignos.

Há no documentário um minucioso trabalho de pesquisa, além de uma competente condução por parte do realizador Chris Smith. Afinal, adaptar mais de 40 anos de história de uma das maiores duplas da história da música pop de forma altamente satisfatória em 90 minutos foi um trabalho desafiador, que também contou com a exímia edição de Gregor Lyon.

WHAM! tem o incrível resultado de explicar, em poucos minutos, como a dupla Michael e Ridgeley foi muito além de Careless Whisper ou Wake Me Up Before You Go Go, demonstrando total respeito aos artistas e relembrando ao mundo a importância de dançar para tudo ficar bem.

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