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    Crítica | Wolfwalkers

    Wolfwalkers / Apple TV+
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    Atualmente somos surpreendidos cada vez mais com a qualidade gráfica e o realismo das animações, que por muitas vezes nos deixam sem saber se a cena em questão é realmente uma produção gráfica, tamanho sua perfeição. Soul e Toy Story são alguns dos inúmeros exemplos recentes.

    Mas com a evolução gráfica e tecnológica do cinema, deixamos de lembrar em como a beleza das animações originais, quase pintadas a mão, são também surpreendentes. Wolfwalkers nos faz voltar a essa nostalgia de beleza e nos apresenta o que eu poderia chamar de “arte animada”, pois cada cena é uma pintura a ser apreciada na tela. Mas esse motivo também deverá ser o mesmo que desagradará os mais jovens que apreciam somente os realismos atuais.

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    Dirigido por Tomm Moore e Ross Stewart, o filme é a última parte da “Trilogia Folclórica Irlandesa” de Moore, e que segue a história de Robyn Goodfellowe, uma jovem aprendiz de caçadora que chega à Irlanda com seu pai durante uma época de superstição e magia para acabar com a última matilha de lobos. Enquanto explora as terras proibidas fora das muralhas da cidade, Robyn faz amizade com uma garota de espírito livre, Mebh, um membro de uma tribo misteriosa que dizem ter a habilidade de se transformar em lobos durante a noite.

    O roteiro aparentemente simplista, é todo envolto em magia e se passa bem no século XVI, trás inúmeros arcos de ação e emoção num roteiro bem fechado na história.

    A animação também foca em como as aldeias se mantinham naquela época (coisa que todo filme de época retrata), onde o pai de Roby, Bill Goodfellowe (voz de Sean Bean), é um caçador local, enquanto ela, que também quer ser caçadora, é obrigada a trabalhar junto as demais mulheres, fazendo de tudo um pouco para servir aos demais.

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    Desde a primeira cena, quando somos apresentados a Mebh e sua matilha, e também ao seu poder de ser uma Wolfwalker, notamos que cada detalhe na cena foi feito para conquistar os amantes de uma produção cuidadosa e que antes de agradar pela roteiro, narrativa e afins, nos ganha pela beleza e detalhes. Tanto é que animação usa um estilo 2D único, alternando entre uma estética de blocos de madeira e um trabalho de linhas expressivas soltas. E claro, ele concorre ao Oscar de melhor animação, mas que, infelizmente deverá perder ante ao legado da Pixar com Soul.

    Emocionante, belo e nostálgico, Wolfwalkers é um presente para os amantes de animações bem feitas – em todos os sentidos – e que querem passar um tempo apreciando uma obra de arte em movimento.

    Wolfwalkers já está disponível na Apple TV+

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