dom, 22 dezembro 2024

Crítica | X-Men ’97 (Episódios 1-5)

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Quando foi anunciado o retorno da série animada dos anos 90 dos X-Men os sentimentos do público foram mistos, afinal qual o sentido de retornar uma série de TV de mais de 20 anos atrás e não começar uma nova produção com esses personagens? Muitas dessas perguntas pairavam no ar conforme o dia de estreia da série chegava, agora, com 5 episódios lançados, X-Men 97 se provou não só ter um propósito em existir mas também evolui os X-Men de uma maneira muito além do que já foi feito fora dos quadrinhos. 

A série assume a partir do episódio da série animada dos anos 90, o professor Xavier está morto, Jean e Ciclope estão casados e no aguardo de um filho, e os mutantes estão aceitos na sociedade com a ressalva de grupos extremistas. O que impressiona nos dois primeiros episódios é como a série não está interessada em reviver os dias de glória de sua antecessora, e sim aprofundar e questionar as narrativas dos filhos do átomo ainda se aprofundando no maior trunfo da original: o melodrama.

Abraçando ainda mais a sinceridade melodramática, X-Men 97 traz para sua trama intrigas de casamento familiares, triângulos amorosos, e tudo isso sem cair para a pós-ironia tão comum em produções de herói atualmente, aqui o sentimentos dos personagens é levado a sério, não importa o quão brega ele seja, é real, é vivo.

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A alegoria de mutantes como minoria social grita alto na série, e não de um jeito escandaloso mas cirúrgico e assertivo, fazendo com que o espectador entenda como apesar de alguns humanos aceitarem os mutantes e a convivência pacífica, isso não significa que a comunidade mutante está segura ou sequer confortável. Os eventos do quinto episódio, de longe o melhor dos 5, é a maior prova disso.

No fim, X-Men 97 é um retorno às origens mas também é um ar refrescante na mídia de super-heróis, onde a série abraça os elementos que eram fortes no original mas não se limita em apenas repeti-los e sim aprofundá-los e evoluir a narrativa para além de super-heróis, puxando fantasia, terror cósmico e ficção científica. A junção de todos esses elementos se torna algo lindo de se assistir.

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