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Início Críticas Crítica | Zumbilândia: Atire Duas Vezes

    Crítica | Zumbilândia: Atire Duas Vezes

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    Dez anos após a primeira aventura, elenco se reúne para mais uma memorável sequência de regras, trapalhadas e sangue, num filme mais maduro e, declaradamente, mais comédia do que terror. Assim, Zumbilândia: atire duas vezes consegue uma proeza difícil atualmente: ser uma sequência melhor que o original.

    Em 2009, tinha-se um filme de baixo orçamento, bons atores e muitas referências, ou seja, um ótimo terreno para uma produção com temática apocalíptica, principalmente porque existia um longo período sem filmes do gênero. Se deu certo? sim, e muito. O longa de Ruben Fleischer (do recente Venom) chegou a uma bilheteria de pouco mais de cinco vezes seu orçamento. São muitos os fatores que podem ter alavancado ainda mais este sucesso, como o fato de que o capítulo cinco da franquia de games Resident Evil, que havia sido lançada meses antes, deixando os fãs do gênero com gosto de “quero mais” e que uma série de zumbis, já batendo na porta de seu lançamento, estava enlouquecendo seus adeptos de ansiedade: The Walking Dead.

    Nele, temos a história de uma nação quase dizimada, narrada pelo protagonista Columbus (Jesse Eisenberg), que elabora e nos relata as leis para sobreviver na recém criada zumbilândia. Posteriormente, conhece o impaciente, moralista e sarcastico Tallahassee (Woody Harrelson), que se tornara uma figura de irmão mais velho, e as irmãs vigaristas Wichita (Emma Stone) e Little Rock (Abigail Breslin). Apesar de ser uma comédia, o roteiro de Rhett Reese e Paul Wernick pincelava temas como o luto, instinto de sobrevivência e gatilhos de fuga da realidade (o típico “se não fizer isso, vou enlouquecer!”), percebidos nas atitudes e sentimentos de Tallahassee e na relação baseada em constante desconfiança entre os quatro. Ao fim, eventos ocorrem e, com suas conclusões, o clima familiar reina, os reunindo definitivamente.

    No novo capítulo, zumbis mais evoluídos, inteligentes e resistentes são apresentados, resultado de anos de infecção e adaptação e, nossos protagonistas, cansados de guerra, resolvem se assentar no que sobrou da Casa Branca. Anos na estrada os deixam a ponto de torná-la seu lar definitivo, e é aí que roteiro tem seu primeiro erro. Depois de um acontecimento, tudo que foi construído em 2009 parece não ter existido, sobretudo no que foi visto em seu ato final, culminando na premissa deste novo filme. Fato que deve ser explicado pela necessidade de expansão de universo e da inserção de novos personagens. É aí que Columbus, Wichita e Tallahassee embarcam em uma nova aventura, em busca do paradeiro de Little Rock, que fugiu com um Hippie .

    No percurso, conhecem a patricinha interpretada por Zoey Deutch, um dos melhores acertos da sequência, formando um quase triângulo amoroso entre Columbus e Wichita. Nevada (Rosario Dawson) nos é apresentada em sequência, como uma sobrevivente tão experiente quanto nossos protagonistas, e sua participação é essencialmente importante ao rumo da história. Nota-se um menor tempo de tela do quarteto principal, obviamente observado pela chegada destes, mas nada problemático neste quesito. Eis que chegamos ao segundo erro do filme, quando o roteiro de Dave Callahan resolve criar uma dupla de sobreviventes (vividos por Luke Wilson e Thomas Middleditch) que nada mais são do que cópias (em tudo) de Tallahassee e Columbus, numa das cenas mais enfadonhas e descartáveis do filme. Ao final, temos uma resolução apressada e totalmente sem nexo com a premissa estabelecida no primeiro ato.

    Madison (Zoey Deutch), Columbus (Jesse Eisenberg), Tallahassee (Woody Harrelson) and Wichita (Emma Stone in Columbia Pictures’ ZOMBIELAND: DOUBLE TAP.

    Zumbilândia: atire duas vezes é melhor do que seu antecessor no que diz respeito ao carisma do elenco e de participações memoráveis de ótimos atores, principalmente em pontas, e na elaboração de um arco ainda consistente, no qual te faz se importar com os personagens. Porém, peca quando tenta expandir a história utilizando uma situação rasa e apressada, sem emoção, inclusive na conclusão da mesma. Distribuído pela Columbia e Sony, tem data de estréia para 24 de outubro.

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