seg, 23 dezembro 2024

Fim de Semana de Clássicos | E.T.: O Extraterrestre

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Completando 40 anos em 2022, E.T.: O Extraterrestre é a essência do cinema dos anos 80, não só isso, é um retrato do impacto causado pela sétima arte no grande público. A obra de Steven Spielberg é um filme infantil, ficção científica, drama, aventura. Um verdadeiro conto de fadas que une as memórias mais íntimas do diretor: um amigo imaginário decorrente do divórcio de seus pais. Um clássico imortal, mesmo após anos sem assisti-lo, as memórias retornam de uma forma impressionante.

Um menino faz amizade com o extraterrestre perdido no nosso planeta. Essa forte amizade que surge entre ambos vai fazer com que o humano lute com todas as suas forças para o alienígena não ser capturado e voltar para casa. Essa história totalmente simples, de um menino do subúrbio, solitário, filho de pais divorciados, que fica amigo de um visitante perdido. Com a mudança de postura dos alienígenas no cinema, antes tratados com uma ameaça maligna(um reflexo da ameaça comunista muito falada no país em 1950) que indicaria a união de todos contra esse inimigo em comum.  Nessa obra, e outras parecidas, o ser de outro planeta vinha com o objetivo de unir os personagens e criar um amizade inquebrável, o mesmo objetivo alcançado com seu público, unificando a plateia e alterando a cultura pop naquele tempo.

A maior qualidade dessa obra prima é sua identificação, qualquer pessoa se relaciona com essas pequenas memórias exibidas por duas horas de filme. As pessoas aprenderam as serem mais solidárias, terem mais compaixão com o próximo, é inegável a marca alcançada por E.T. , retrato fiel de uma época mais inocente, tudo isso representado pela maravilhosa energia das crianças presentes durante o longa. Interessante notar a direção na hora de mostrar os adultos, com exceção da mãe do Elliot, mostrados apenas da cintura para baixo( semelhante os desenhos animados como Tom e Jerry/ A Vaca e o Frango) e sempre em posições sombrias. Quando os adultos são revelados, eles são desenvolvidos de forma vilanesca, autoritária, sempre impedindo a união do protagonista com seu amigo. O filme entende a importância dessa inocência, e talvez os únicos capazes de ajudar o E.T. são e sempre serão as crianças, uma empatia irretocável.

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Não esquecendo é claro a maravilhosa trilha sonora, composta por John Williams, um trabalho absoluto que consegue elevar as cenas ao grau extremo. Dois momentos de destaque: a clássica cena da bicicleta voando, e uma gigante lua como pano de fundo. E  inesquecível cena final, uma catarse absurda do cinema, a mistura perfeita de direção e trilha sonora. A obra consegue trazer uma lição importante de solidariedade para as crianças, mas também emocionar os adultos por conta de sua perfeita mistura de sentimentos. É notável alguns efeitos especiais com seu prazo de validade já passados, mas as cenas são tão impactantes e memoráveis, o tempo não é capaz de desqualificar essa obra prima.

E.T. O Extraterrestre é um filme atemporal, uma memória resgatada por Spielberg, e levada para o cinema como uma conexão inesquecível para seu público. Jamais será esquecido, um filme tão impactante como em 1982. Apresenta um elenco genial de crianças, e consegue a façanha de emocionar qualquer pessoa. Quem dera todas as pessoas assimilassem a lição passada naquela época, talvez teríamos uma sociedade melhor. Filmaço!

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