ter, 2 setembro 2025

Entrevista | Danilo Matsunaga, médico famoso nas redes sociais fala de tratamentos revolucionários

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Durante décadas, a menopausa foi tratada como uma etapa inevitável da vida feminina marcada por sintomas incômodos e perda de vitalidade. Ondas de calor, insônia, alteração de humor, queda da libido e ressecamento vaginal eram vistos como “naturais”, algo que a mulher simplesmente deveria suportar.

Esse panorama começa a mudar. Hoje, tanto a medicina quanto a indústria farmacêutica vêm oferecendo novas respostas para uma fase que afeta mais de 30 milhões de brasileiras. O resultado é um novo alento para as mulheres, com tratamentos que vão da clássica reposição hormonal a terapias não hormonais de última geração.

Reposição hormonal revisitada

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A terapia hormonal (TRH) ainda é considerada o padrão-ouro para tratar sintomas intensos da menopausa. Ao repor estrogênio — isoladamente ou combinado à progesterona — é possível reduzir ondas de calor, melhorar o sono, proteger os ossos e resgatar energia. Em casos selecionados, a testosterona em microdoses pode auxiliar libido e disposição.

Nos últimos anos, no entanto, a abordagem passou a ser mais personalizada. Avalia-se idade, tempo desde a última menstruação, histórico de câncer e risco cardiovascular. “A grande mudança não está em oferecer hormônios indiscriminadamente, mas em individualizar cada caso. Hoje conseguimos indicar a reposição para quem realmente vai se beneficiar, com segurança”, explicam especialistas.

Novas terapias não hormonais

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Nem todas as mulheres podem ou desejam utilizar hormônios. Para esse grupo, surgem opções eficazes que já vêm sendo aprovadas em países da Europa e nos Estados Unidos:

Fezolinetant: primeiro antagonista do receptor neurocinina-3 (NK3), aprovado em 2023. Reduz ondas de calor de forma significativa, sem uso de hormônios.

Elinzanetant: medicamento semelhante, já disponível em alguns mercados e aguardando aprovação em outros.

Alternativas conhecidas: antidepressivos em baixas doses, gabapentina e clonidina também são usados com sucesso em alguns casos.

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Tratamentos locais: para queixas geniturinárias, opções incluem lubrificantes vaginais, ácido hialurônico e tecnologias como laser íntimo ou radiofrequência.

Fitoterápicos e SERMs: isoflavonas de soja, trevo vermelho e moduladores seletivos do receptor de estrogênio são explorados para sintomas leves ou suporte ósseo.

Essas alternativas mostram que é possível oferecer qualidade de vida sem hormônios, ampliando a autonomia da paciente.

A visão do Dr. Danilo Matsunaga

O endocrinologista e nutrólogo Dr. Danilo Matsunaga acompanha de perto essa transformação no cuidado da mulher madura:

“Muitas mulheres ainda chegam ao consultório acreditando que a menopausa é um ponto final. Elas têm medo da perda de energia, da queda do desejo sexual e do impacto nos relacionamentos. A boa notícia é que hoje dispomos de recursos capazes de devolver vitalidade e bem-estar. O mais importante é que não existe uma única receita: cada paciente precisa de um plano feito sob medida.”

O especialista reforça que tanto a terapia hormonal quanto as alternativas não hormonais devem ser vistas como complementares e não concorrentes.

“A reposição hormonal, quando bem indicada, transforma a vida de muitas mulheres. Mas as novas drogas não hormonais são uma revolução para aquelas que não podem ou não querem fazer uso de hormônios. O essencial é mostrar que existem caminhos, que a menopausa não é sinônimo de perda, mas de uma transição que pode ser vivida com equilíbrio e saúde.”

Um novo capítulo

O que antes era sinônimo de resignação, hoje se transforma em possibilidade de escolha. A combinação de ciência, personalização e novas terapias oferece às mulheres a chance de viver essa etapa de forma plena.

Mais do que controlar sintomas, a medicina aponta para um futuro em que a menopausa pode ser encarada como um novo capítulo de vitalidade e longevidade saudável.

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Destaque

Marcel Botelho
Marcel Botelhohttp://estacaonerd.com
Sou radialista, apresentador de televisão, colunista, redator e escritor, sou apaixonado pela área de comunicação e principalmente por games, desde a minha infância. Como editor e redator da área de games do Estação Nerd, espero levar até vocês muita informação e entretenimento com muita qualidade e alegria.