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Entrevista | Jaílton Almeida fala sobre sua carreira no UFC, sua próxima luta e seus hobbies nerds

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Fui convidado pelo UFC para entrevistar o lutador brasileiro Jaílton “Malhadinho” Almeida, que lutará no próximo sábado (18) no UFC 311 e em caso de vitória, ele ficará próximo de uma disputa pelo cinturão dos pesos-pesados.

Jaílton falou sobre como começou a lutar, sobre sua carreira, perspectiva de futuro e também de seus hobbies nerds.

Confira a entrevista:

Marcel Botelho: Jaílton, primeiramente é um prazer falar com você, muito obrigado pela entrevista.

Jaílton Almeida: Estamos juntos, obrigado.

Marcel Botelho: Você começou a lutar cedo, né? Com quantos anos? E como foi seu início?

Jaílton Almeida: Comecei com meu pai, ele era esportista. Meu pai sempre me levava para treinar boxe, mas eu era pequeno, não gostava. Eu não gostava de treinar boxe. Cresci com isso, sempre quis jogar futebol. E aí eu comecei, com 11 anos, fui para o Jiu Jitsu. E eu gostava de Jiu Jitsu. Porque eu era um cara que brigava muito na rua, lutava muito bem. E aí meu treinador me disse na época que se eu continuasse treinando Jiu Jitsu e não lutasse na rua, continuaria na academia. Se eu lutasse, ele me eliminaria. E aí foi como uma disciplina para mim, né? Parei de lutar, comecei a treinar Jiu-Jitsu e cresci. Participei de muitas competições de Jiu-Jitsu, fui campeão de muitas provas de Jiu-Jitsu. E dos 19 aos 20 anos comecei a treinar no MMA e acabei me profissionalizando. Já se passaram 9 anos desde que estive nesta guerra. Passei por muitas provações na minha vida. E sempre tive um sonho de lutar no UFC. Quando parei para pensar que estava perto de conseguir um contrato internacional, foquei ainda mais. E aí consegui realizar um dos meus sonhos, que era entrar no UFC. Foi um sonho que realizei. E hoje estou lutando no UFC. E já se passaram 13 anos desde que comecei a lutar. 13 anos.

Marcel Botelho: Você tem um wrestling impecável, você acha que esse fator é um diferencial ao seu favor, já que nos pesos-pesados grande parte dos lutadores tem como ponto forte a luta em pé?

Jaílton Almeida: Acho que sou um cara que adora Jiu-Jitsu. É muito difícil encontrar um lutador peso pesado que tenha uma reputação muito boa nisso. Sou um cara que já tem a mecânica do Jiu Jitsu, né? Conseguir obter essa mecânica desde o início é muito difícil. Hoje é mais fácil, você aprende o jab direto, hoje é muito mais fácil. Mas você aprende a fazer double leg, chave de braço, transição de passe para trás, são muitos detalhes para você aprender. A parte da pegada é um pouco mais difícil. Por isso a galera acaba aprendendo um pouco, mas não totalmente.

Marcel Botelho: O Sergey Spivak que você vai enfrentar no UFC 311 é um lutador de sambô que também busca quedas, assim como você. Você acredita que a luta possa ficar travada? E você buscar posições por cima e o ground and pound pode ser decisivo para você?

Jaílton Almeida: Rapaz, a gente não sabe como é que vai ser, só quando fechar a grade que eu vou ver o que ele tem para me oferecer e o que eu tenho para oferecer para ele, eu já estudei várias lutas dele, ele é um cara que a trocação dele não é tão perigosa, a luta dele com o Ciryl Gane, ele só ficou batendo na barriga, para cima e para baixo, chutando ele se perdeu, ele não entendeu nada, ele ficou puxando o corpo o tempo todo, eu já percebi que o lance dele é se ele consegue agarrar e fazer aquele estilo Sambô, ele gosta de fazer aquele estilo judô, né? Como ele derrubou o Derrick Lewis, como ele derrubou os outros caras, então não posso deixar pegar, né? Basicamente, gosto muito da luta dele com o Aspinal e com o Ciryl Gane, que tem uma constituição parecida com a minha e são uns caras que se movimentam bastante, então vamos conseguir fazer essa transição aí. E na hora certa a gente vai tentar colocar ele para baixo, aí embaixo para ver como é também, a gente nunca viu ele de costas para o chão, né? Como ele será de costas no chão? E os caras que ele finalizou não são caras que tem boa luta no chão. Então veremos o que acontece.

Marcel Botelho: Faz algum tempo que não temos um campeão brasileiro dos pesos-pesados do UFC, isso é uma pressão ou uma motivação para você?

Jaílton Almeida: Acho que são os dois fatores. Porque durante muito tempo não houve peso pesado no Brasil que fosse classificado. Acho que o único brasileiro no ranking, se não me engano, sou eu. O único brasileiro no ranking sou eu. Então, são dois fatores: a pressão e a exigência que as pessoas pedem. Então, acaba ficando na balança. As pessoas pedem alguma coisa e falam: “Ah, um brasileiro que pode vir, um brasileiro que pode ser campeão”. Aí eu já perdi uma luta, eles me criticam, aí eu falo: “Poxa, isso e aquilo”. Mas para mim… Como falei, meu sonho era lutar no UFC, fazer luta. Hoje vou para a nona luta. E se Deus quiser podemos sonhar com o cinturão. Porque eu já estou na cabeça, mas vou subir cada degrau, não vou pular. Esse é um momento que pode acontecer, mas estamos sempre com os pés no chão e focados no que temos que fazer.

Marcel Botelho: O Jon Jones é o atual campeão da categoria e é considerado um dos melhores de todos os tempos, evidentemente ainda não é um momento de pensar nisso, mas em uma eventual disputa de título, você se enxerga na condição de vencer ele?

Jaílton Almeida: Jones é o melhor da história, todo mundo sabe disso. Mas eu sempre digo que somos homens, se há homens lá, há homens aqui também. Então é só chegar a hora, vamos impor o jogo, procurar a posição e ver o que vai acontecer. Mas será perigoso. Então temos que ser espertos com tudo e vamos ver o que acontece. Quem sabe um dia isso acontecerá.

Marcel Botelho: Para encerrar, você sabe que somos um site de cultura Nerd, então quero saber, quando você não está treinando, você gosta de jogar videogame ou assistir um filme ou série para relaxar?

Jaílton Almeida: Eu gosto de fazer isso tudo que você disse. Gosto de maratonar uma série. Eu gosto de jogar videogame. Eu tenho um PS5. É muito legal. Gosto de jogar futebol e UFC. É isso. Terminei uma série na semana passada, antes de viajar, era Prison Break.

Marcel Botelho: Muito obrigado e sábado estaremos torcendo muito por você.

Jaílton Almeida: Eu que agradeço Marcel, estamos juntos.

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