ter, 5 novembro 2024

Fim de Semana de Clássicos | Jurassic Park (1993)

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Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros é um marco do cinema Blockbuster, não só por sua gigante qualidade cinematográfica, mas também o destaque positivo que obteve nas bilheterias, se tornando um dos filmes mais lucrativos da Universal até os dias de hoje, e um ponto chave na carreira de Steven Spielberg.

Os paleontólogos Alan Grant, Ellie Sattler e o matemático Ian Malcolm fazem parte de um seleto grupo escolhido para visitar uma ilha habitada por dinossauros criados a partir de DNA pré-histórico. O idealizador do projeto e bilionário John Hammond garante a todos que a instalação é completamente segura. Mas após uma queda de energia, os visitantes descobrem, aos poucos, que vários predadores ferozes estão soltos e à caça. A inspiração do filme foi no livro de Michael Crichton, de mesmo nome.

Impossível não citar o avanço tecnológico que esse filme trouxe, mudando a forma como efeitos visuais seriam produzidos por Hollywood após 1993. O mundo de Jurassic Park contava com robôs gigantes e computação gráfica posterior, dando uma sensação de realismo extremo, sensação que dura até hoje, quando vemos os filmes antigos. Para se ter uma ideia, o Tiranossauro Rex do primeiro filme era um robô extremamente poderoso, pesando quase cinco toneladas e meia. Quando o robô ia ser usado, a produção usava luzes intermitentes para alertar a equipe e mantê-los seguros. A coordenação gráfica é um feito a parte, o trabalho feito no estúdio com a implicação do CGI trouxe avanços para a área, detalhes que envelheceram muito bem, sendo apenas notados após bastidores do filme.

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Interessante notar quase um equilíbrio perfeito que o filme aborda os dinossauros, dividindo as cenas entre a contemplação e o terror envolvendo as criaturas. A cena de revelação da existência dos dinossauros para os paleontólogos evidência perfeitamente esse espetáculo de contemplação, misturando a inesquecível trilha sonora do John Williams(uma das maiores do cinema) e a o absurdo CGI apresentado para a época. Abordando o aspecto de suspense do filme, ele possui algumas cenas para lembrar o espectador do perigo dos dinossauros, exemplo é a cena clássica das crianças fugindo dos velociraptors na cozinha, e a absurda cena envolvendo o T-Rex na chuva, a tensão envolvendo os copos mexendo para anunciar a chegada da fera.

O longa possui uma acessibilidade muito importante no texto, evidenciando o aspecto familiar que o filme possui, apesar de algumas cenas “pesadas”. Os protagonistas ajudam nessa contextualização, e o uso de uma pequena animação consegue perfeitamente explicar, sem termos difíceis, toda essa questão envolvendo DNA, clonagem e modificação genética. O grande interesse do filme mesmo é nos dinossauros e no espetáculo, assim como os personagens são convidados para esse passeio em meio a um milagre da ciência, Spielberg faz o mesmo convite com o telespectador, usando a boa e velha magia do cinema.

Falando em aspectos gerais, a obra possui boas atuações, personagens muito bem lembrados na cultura pop. Tanto que retornarão para o novo Jurassic Park. A direção é um espetáculo, Spielberg traz muita magnitude para esse evento envolvendo os dinossauros, apresenta suas importâncias, e evidência o terror nesses seres tão perigosos. A ambientação é perfeita, a ilha escolhida Kauai aumenta mais ainda o teatro criado pelo diretor. Interessante notar o pequeno debate que o filme traz quando os personagens questionam o dono do parque, John Hammond, no risco de trazer de volta esses seres de milhões de anos atrás. Essa abordagem questionando a ideia de manipular a natureza, e mexer com algo muito maior do que nosso controle é outro ponto de destaque durante o longa, mesmo que pequeno, ele aumenta a grandeza da obra e seus personagens.

Jurassic Park é um dos auges do cinema de aventura, usando um elemento tão específico e difícil para a época: dinossauros. Uma mistura quase perfeita entre o leve e o terror, uma trilha sonora inesquecível e atuações emblemáticas do gênero. Realmente, Steven Spielberg é um gênio do cinema.

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