Olá Nerds!
Ontem foi o Dia Mundial do Rock, e como homenagem lembraremos hoje de um dos jogos, desculpem, O JOGO mais conhecido e adorado quando se trata de rock no mundo dos games!
Com certeza, muitos de vocês já jogaram pelo menos um dos vários games da série Guitar Hero. O primeiro título foi lançado pela distribuidora RedOctane em parceria com a já bem conhecida Activision dia 8 de Novembro de 2005 (há quase 12 anos atrás!) para PlayStation 2.
A história por trás da criação do game é interessante: começou quando a RedOctane em pareceria com a Activision, contatou a desenvolvedora de jogos eletrônicos Harmonix Music Systems sobre um projeto de criar um jogo musical que funcionasse em conjunto com um controle especial em forma de guitarra elétrica. A Harmonix já era conhecida por jogos do mesmo gênero musical como “FreQuency”, “Amplitude” e versões diversas de “Karaoke Revolution” que tinha sido elogiada por permitir aos jogadores criar e executar músicas com o controle Dualshock como se fosse um instrumento musical. Ela então aceitou o projeto com um orçamento de um milhão de dólares.
Não é preciso dizer que o game foi um sucesso no mercado americano, que logo se espalhou pelo mundo conquistando até o exigente mercado japonês. O jogo ao contrário do esperado, rendeu milhões de dólares e respeito entre os críticos, alcançando 1,5 milhões de unidades vendidas e 1 bilhão de dólares arrecadados. Ele também foi um sucesso entre público de todas as idades e diferentes gostos musicais. Vendo o sucesso do jogo a Harmonix novamente com a RedOctane, começaram a desenvolver a continuação da série. Guitar Hero II foi lançado em 7 de novembro de 2006 para PlayStation 2.
A dinâmica simples e desafiadora aliada a grandes clássicos do Rock como “Iron Man” do Black Sabbath e “Symphony Of Destruction” do Megadeth, foram os ingredientes perfeitos para o sucesso do game. Grandes bandas como Aerosmith, Nirvana, Pearl Jam, Alice in Chains, Guns N’ Roses entre muitas outras também tiveram suas músicas nos games subsequentes. Era possível jogar com o controle do Playstation ou a guitarra própria do jogo, em ambos era incrível a sensação de estar realmente tocando a música mesmo não fazendo os acordes de uma guitarra de verdade. Lembro da primeira vez que joguei Guitar Hero. Tomei uma surra no modo Hard e voltei pro médio por muito tempo… (shame on me), mas depois que me acostumei foi para o Hard e me aventurei no Expert algumas (poucas vezes).
Outros “detalhes” que faziam a diferença era poder escolher o seu guitarrista, roupas para ele ou ela, e vários tipos de modelos de guitarras diferentes. Os cenários não deixavam a desejar, no modo campanha a banda passava pela garagem da cara e chegava a tocar em grandes lugares com uma platéia enorme. O mais legal era soltar o especial apenas levantando o braço da guitarra, era simplesmente espetacular.
Em 2007 foi lançado Guitar Hero III Legends of Rock (que na minha opinião foi o melhor lançado até hoje) e além da set list incrível, o game trouxe uma novidade muito legal que eram as “Batalhas de Guitarra”. Elas consistiam em dois jogadores que tocavam as mesmas musicas, as vezes as mesma notas, as vezes notas diferentes, e quem acertasse certas sequências ganhavam “poderes” que poderiam ser usados para atrapalhar o oponente fazendo-o errar e perder a batalha. Mais ou menos na metade do modo campanha você tem que enfrentar nada mais que Slash, ex-guitarrista do Guns N’ Roses e depois tocar Even Flow do Pearl Jam com ele… fucking mind blowing… No final do game você também enfrenta um guitarrista bem diferente digamos assim, o próprio Demônio, chamado de “Lou”.
Guitar Hero III foi tão marcante, que há um recorde mundial oficial registrado no Guinness Book para o americano Danny Johnson que no dia 30 de Maio de 2009 fez o maior score já registrado de 3722 e 100% de acerto na música que todos consideram a mais difícil de todas: Through the Fire and Flames do Dragon Force.
https://www.youtube.com/watch?v=18sbgJ9Nch0
Dos anos de 2007 a 2009 foram lançados títulos da franquia destinados a bandas específicas ou a um tipo específico de Rock, esses são chamados de “spin-offs”. Foram eles Guitar Hero Encore: Rocks the 80s, Guitar Hero: Aerosmith, Guitar Hero: Metallica, Guitar Hero: Smash Hits, Guitar Hero: Van Halen. Foram títulos excelentes que adicionaram bastante à série.
Depois do lançamento de Guitar Hero: Warriors of Rock em 2010 a Activision anunciou que iriar parar de produzir os jogos da série. Foi uma decisão difícil mas necessária, visto que o mercado já estava saturado com os 16 jogos oficiais já lançados e outros similares. Mas em 2015, a Activision deu vida novamente à série com o lançamento do Guitar Hero: Live em parceria com a FreeStyleGames. O game foi totalmente remodelado, eliminando o já conhecido modo de 5 cores usado em todos os games anteriores. Foi o único a ser lançado também para PS4 e possui um sistema de músicas online e clipes que foram bem feitos. Veja aqui um teste bem legal feito pelo Youtuber “Patife” tocando inclusive com a nova guitarra criada para jogar o mais novo Guitar Hero.
Enfim, Guitar Hero marcou uma geração, isso é fato. Crianças que nasceram nos anos 2000 puderam ter um contato muito importante com os clássicos de Rock que marcaram a geração de seus pais e eles em contra partida puderam reviver as músicas que marcaram sua infância e juventude ao lados dos seus filhos. Isso é pra mim é o maior feito do game.
Um game que com certeza merece ser relembrado (e rejogado!) 😉
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