No Dia das Bruxas, ou até fora desta data comemorativa, uma das programações mais adotadas pelos fãs do cinema de terror é maratonar os filmes da extensa franquia Halloween, criada por John Carpenter e Debra Hill, que está comemorando 45 anos em 2023.
Para comemorar o lançamento de um dos primeiros slasher movies da história do cinema, que nos apresentou o icônico antagonista Michael Myers, resolvemos relembrar as produções da saga cinematográfica e estabelecer um ranking dos menos aclamados aos melhores filmes.
Confira:
13 – Halloween: Ressurreição (2002)
A sequência que, realmente, ninguém pediu, veio logo após o bem sucedido Halloween H20: 20 Anos Depois, filme este que teria dado um desfecho épico para Michael Myers, se não fosse a ganância dos produtores Hollywoodianos. O considerado pior longa da franquia, o que, de fato, não é exagero de se afirmar, mostra um reality show exibido dentro da casa de infância de Michael, na pacata cidade de Haddonfield. Os participantes, por outro lado, não sabem que o antagonista está prestes a fazer uma limpeza em seu doce lar. O filme conta com sustos genéricos, atuações meia-boca e um enredo não somente repetitivo, como também cafona, além de um desfecho pobre para a Laurie Strode da icônica Jamie Lee Curtis.
12 – Halloween II (2009)
A continuidade do interessante remake dirigido por Rob Zombie, com o roteiro que contou com a participação de John Carpenter, pecou por inserir elementos gráficos abstratos, puxando pelo misticismo. Apesar das cenas de violência bem montadas, “Halloween II” não possui o charme necessário para fazer o longa funcionar. Talvez, o pior elemento deste longa seja a falta da icônica máscara usada por Michael Myers e sua nova caracterização, que mais se assemelha a um mendigo, além da distorção do personagem do Dr. Sam Loomis, interpretado por Malcolm McDowell (o Alex de Laranja Mecânica).
11 – Halloween 6: A Última Vingança (1995)
O último filme da leva iniciada em Halloween 4: O Retorno de Michael Myers, que é mais focada na sobrinha do assassino, contou com um grave problema que foi o falecimento de Donald Pleasence, o intérprete do icônico Dr. Sam Loomis original, durante as gravações, o que acarretou mudanças significativas no roteiro e refilmagens, para o filme se adequar à falta do ator. Fora isso, o longa, que também é estrelado por Paul Rudd (Homem-Formiga), termina sem um desfecho significativo, parecendo uma obra simplesmente incompleta e esquecida por muitos fãs da franquia.
10 – Halloween Ends (2022)
O final da trilogia iniciada por David Gordon Green decepcionou muitos fãs da franquia por deixar Michael Myers em segundo plano, entregando o que promete (e até de maneira nobre) só nos momentos finais. Por outro lado, o filme expande a ideia da personificação do mal assumir várias formas e intoxicar até as almas mais puras. Infelizmente, as boas ideias foram desperdiçadas em um drama piegas, com personagens desinteressantes, e lento até fazer você esquecer que está assistindo a um filme da franquia Halloween.
9 – Halloween 5: A Vingança de Michael Myers (1989)
A continuação direta do ousado “Halloween 4” acaba por ser negativa ao não prezar pela continuidade do surpreendente final apresentado em seu antecessor. Em vez de desenvolver as razões de uma possível psicopatia por parte da pequena Jamie Lloyd (Danielle Harris), sobrinha do nosso amado antagonista, o filme escolhe mostrar sequências cansativas de perseguição, cenas de morte desinteressantes e uma excessiva repetição de temáticas.
8 – Halloween: O Início (2007)
Após o resultado negativo de “Halloween: Ressurreição” (2002) e o falecimento do produtor Moustapha Akkad, em 2005, a equipe de produção da saga decidiu recomeçar a história de Michael Myers, em um remake que reproduziria a história do antagonista misturada com mais elementos gore. O resultado foi um longa de violência extrema, escrito e dirigido por Rob Zombie, que, mesmo contendo bons momentos e uma interessante história de origem do antagonista, quase passou por despercebido no Brasil, tendo o lançamento exclusivo em DVD, em vez de passar pelas salas de cinema.
7 – Halloween 4: O Retorno de Michael Myers (1988)
Seis anos após o infeliz resultado de Halloween III: A Noite das Bruxas, que teve a intenção de expandir o universo cinematográfico da franquia sem Michael Myers, o produtor Moustapha Akkad resolveu trazer o famoso assassino mascarado de volta à ativa, em uma trama que envolve sua sobrinha órfã Jamie, interpretada pela ótima Danielle Harris. Mesmo contendo repetições narrativas, o longa ostenta uma boa tensão e sequências que prendem o expectador, além do icônico final que, infelizmente, não foi aproveitado nas produções seguintes.
6 – Halloween Kills (2021)
O segundo filme da trilogia de David Gordon Green mereceu uma segunda chance, dois anos depois de sua estreia. Muito mais que um banho de sangue, Halloween Kills é um verdadeiro presente para aqueles que ignoram um bom roteiro e prezam pelas ações cruéis do personagem principal. Com inúmeras referências ao clássico de 1978 e cenas de tirar o fôlego, sendo “oficialmente” a terceira parte da franquia, o filme, por outro lado, torna-se massivo à medida que vai se desenvolvendo, trazendo temáticas e situações simplesmente jogadas na trama para preencher lacunas.
5 – Halloween H20: 20 Anos Depois (1998)
Ignorando todas as continuidades depois de “Halloween II” (1981), o longa lançado 20 anos depois a produção original surpreende por misturar elementos clássicos do terror ao slasher contemporâneo, surfando na mesma onda de “Pânico”, de Wes Craven. O filme ainda conta com o retorno da magnífica Jamie Lee Curtis, como Laurie Strode, e a trama familiar envolvendo a heroína e seu irmão psicopata. “Halloween H20: Vinte Anos Depois” diverte, surpreende pelo suspense e tensão, conta com um “desfecho” épico para Michael Myers. Mas, uma das poucas coisas que incomodam nesse filme, é o design no mínimo estranho da máscara usada pelo antagonista.
4 – Halloween III: A Noite das Bruxas (1982)
O extremamente injustiçado Halloween III: A Noite das Bruxas veio ganhando mais notoriedade após ter sido liberado em serviços de streaming, nos últimos anos. O longa, que não conta com a presença de Michael Myers (um dos principais fatores que levaram às intensas críticas negativas), expande o universo criado por John Carpenter e Debra Hill, introduzindo uma trama mais crítica, fazendo várias alusões ao consumismo e a vilania de grandes corporações, além de utilizar adequadamente elementos místicos da festividade de Samhain. A direção de Tommy Lee Wallace também é um grande diferencial, utilizando sombras e movimentos de câmera frenéticos para causar o horror.
3 – Halloween (2018)
Talvez, o único problema da sequência canônica de David Gordon Green seja ignorar os ótimos “Halloween II” (1981) e “H20” (1998), desmistificando também a ideia de Laurie Strode ser irmã de Michael Myers. Tirando isso, aqui temos um longa-metragem realizado com respeito pelo clássico, incluindo temas como traumas do passado, os problemas psicológicos acarretados pela superproteção e obsessão. “Halloween”, além de contar com uma grandiosa atmosfera de terror, voltada para a criação do mestre John Carpenter, ainda conta com a trilha sonora clássica composta pelo mesmo.
2 – Halloween II – O Pesadelo Continua (1981)
A primeira sequência, atualmente não-oficial, do clássico de John Carpenter ainda é considerada por alguns fãs como a melhor já produzida. Halloween II consegue ser tão intenso quanto seu antecessor, e ainda se mostra corajoso por inserir em sua mitologia o inusitado parentesco entre a heroína e o vilão, algo resultante do fator “O Império Contra-Ataca”. A questão é que o filme ostenta diversos elementos que garantiram seu funcionamento: uma boa direção, roteiro bem amarrado, atmosfera única, atuações competentes e violência gráfica, mas com o devido charme. Jamie Lee Curtis e Donald Pleasence, mais uma vez, brilham em seus respectivos personagens.
1 – Halloween: A Noite do Terror (1978)
O longa-metragem que deu origem a essa tão adorada franquia marcou o início da era dos longas de terror com violência mais explícita, sangrento e que nos fazem refletir as obscenidades e loucuras cometidas por uma sociedade materialista da qual nós vivemos. Apesar do baixo orçamento, “Halloween” foi um dos primeiros filmes a contar com o uso da Steadicam, ou estabilizador de câmera, equipamento que suavizava as filmagens, dando a impressão de que a câmera estava flutuando. Toda sua inventividade narrativa e técnica contribuíram para que o filme, dirigido pelo mestre John Carpenter, envelhecesse tão bem e fosse lembrado até os dias de hoje.
Todos os filmes da franquia Halloween estão disponíveis para aluguel no YouTube, AppleTV+ e na assinatura Premium do Amazon Prime Video.
