Em recente entrevista ao The Hollywood Reporter, o diretor James Mangold (Logan) fez novas revelações sobre Indiana Jones e a Relíquia do Destino (Indiana Jones and the Dial of Destiny), destacando que o personagem título vivido por Harrison Ford está completamente mudado, por ter passado por muita coisa ao longo dos anos.
“Não podemos nos esconder de onde estamos em nossas vidas – nenhum de nós pode – e nem Indiana Jones. Eu queria seguir o próprio exemplo de Harrison Ford, e simplesmente lidar com isso diretamente. Não é apenas um filme sobre um herói que é chamado de volta à ação em seus anos de crepúsculo. É mais do que apenas que seus ossos estão doendo, e sim a que sua alma possa doer, ou que algum de seu otimismo ou senso de pertencimento no mundo possa ter evaporado. Um erro que você pode cometer em filmes – e todos nós já vimos filmes como este – é ter alguém de uma idade madura, e sustentar uma farsa de que essa pessoa não é tão velha.” Disse Mangold.
Ainda na entrevista, o cineasta declarou que A Relíquia do Destino se passa em uma época muito diferente do período da Segunda Guerra Mundial, em que os três primeiros filmes se passam, onde o mundo tinha heróis e vilões bem definidos. Segundo Mangold, o novo longa se passa em um mundo mais cinza, durante o ano de 1969, onde não se sabe mais com muita clareza quem é confiável ou não.
“Os três primeiros filmes de Indiana Jones ocorreram aproximadamente no mesmo período. Todos eles se encaixam facilmente com o estilo serializado, teatral, dos filmes que estavam sendo lançados no período em que eles se passam. O desafio de (Steven Spielberg) em (Reino da Caveira de Cristal), e para mim neste, é: Como você avança para novas décadas em que o mundo não é mais visto em demarcações tão claras de preto no branco e bem e mal? Onde todo o conceito de invadir túmulos e lutar por relíquias é visto de uma maneira diferente? Não se trata de mudar a história, mas permitir que o personagem experimente como o mundo mudou ao seu redor.” Disse Mangold.
“Nossa percepção da política é mais cinzenta. Quem é o vilão? Com quem estamos trabalhando? Contra quem estamos lutando? Guerras por procuração, tudo isso. Não é tão simples quanto a era em torno da Segunda Guerra Mundial. O que acontece com um herói construído para um mundo preto no branco, quando ele se encontra em um que é cinza? É um problema que produz humor, produz contradições, produz ajustes que esse personagem vai ter que fazer.” Concluiu o diretor.
Indiana Jones e a Relíquia do Destino trará James Mangold na direção, substituindo Steven Spielberg, que é um dos produtores executivos do longa.
O filme será situado mais de 10 anos após os aconecimentos de “O Reino da Caveira de Cristal”, em 1969, no auge da corrida espacial, com Indy (Harrison Ford) mais uma vez enfrentando seus inimigos favoritos, os nazistas. Mads Mikkelsen (Animais Fanásticos: Os Segredos de Dumbledore) irá interpretar o vilão Voller, descrito como “um cientista nazista alistado na NASA pelo governo dos EUA para trabalhar na iniciativa de pouso na Lua”.
O elenco também traz Phoebe Waller-Bridge (Fleabag), Thomas Kretschmann (O Procurado), Boyd Holbrook (Logan) e Antonio Banderas (A Pele Que Habito).
O novo filme da franquia Indiana Jones chega aos cinemas no dia 30 de junho de 2023.
