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    Invocação do Mal 2

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    [s3r star=4/5]

    James Wan (Sobrenatural 1 e 2, Jogos Mortais, Velozes e Furiosos 7) é um diretor com uma surpreendente habilidade de nos deixar angustiados mesmo quando faz um batido filme de casa assombrada. Invocação do Mal 2 se passa em 1977, anos após os acontecimentos em Harrisville que vimos no primeiro filme, Invocação do Mal. Ed (Patrick Wilson) e Lorraine (Vera Farmiga) Warren, um casal de investigadores sobrenaturais que fizeram sua reputação durante o caso Amityville, ajudaram Wan a criar o ótimo Invocação do mal, e desta vez eles estão de volta perseguindo um espírito raivoso em Londres, com direito a uma apresentação da cidade em um clipe primoroso embalado por “Lodon Calling”, clássico do The Clash.

    O diretor conta com o apoio do casal Warren da vida real, que garantem que tudo realmente tenha acontecido, para contar a história de Peggy Hodgson (Frances O’Connor) – uma mãe solteira com problemas financeiros e seus quatro filhos que estão sendo ameaçados por um espírito que não quer sair de sua casa.

    Wan bebe na fonte dos clássicos de terror: há ruídos altos e sussurros em lugares vazios; há um velho homem morto de aparência cinzenta, que surge de forma abrupta justo quando você pensa que nada acontecerá; é notável que a possessão demoníaca é usada de forma a não escapar de uma alusão ao clássico “O Exorcista”; Wan aposta em móveis arremessados, portas que abrem e fecham sozinhas e em uma menina pré adolescente com voz demoníaca. A fórmula não é ruim, mesmo pesando o uso dos mesmos recursos que fizeram do primeiro filme um sucesso.

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    Invocação do Mal 2 mostra-se de fácil percepção, pois Wan tem um dom que a maioria dos diretores de terror de hoje não tem: o de guiar o público de forma balanceada; a cadencia dos eventos deixa o público pregado na cadeira durante todo o filme, segurando a respiração durante o suspense angustiante até o susto final. Sua especialidade é o Plano de Sequência com a câmera avançando sempre para a frente, uma das várias referencias de outro clássico: “O Iluminado” de Stanley Kubrick. Em “Invocação do Mal 2,” as lentes correm por corredores estreitos e por quartos apertados – parecendo muito maiores. A câmera é muito viva. Se movimentando a todo momento e parando em raros momentos para dar importância a algum quadro. Essa energia nos dá uma sensação de amplitude do ambiente tão grande que até mesmo um pequeno porão alagado se transforma.

    Wan é também um sádico quando o assunto é timming. O tempo entre um susto e outro parece ser cronometrado. Ele abusa dos objetos da casa para criar uma situação de nervosismo pra em seguida, deixar o momento de tensão passar, criando um silêncio mórbido que faz com que a nossa ansiedade e tensão sejam tão densas que quase podem ser vistas a olho nu.

    Escondido nas sombras de “Invocação do Mal 2” está um filme de terror assustador com um enredo bem amarrado que não perde tempo com repetições, dúvidas ou histórias paralelas. O filme é direto, como os sustos que tomamos a cada momento que algum personagem entra num canto escuro. Se você é um apaixonado pelo gênero e adorou os sustos que tomou no primeiro filme, não sairá decepcionado do segundo.

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