Mega, uma transumana, que vive no metaverso, fica intrigada e inspirada ao ouvir a trajetória das depoentes relatando a experiência real de ser mulher e fazer parte do universo gamer, reiniciando os conceitos e compartilhando XP. Este é o mote de “Game Girls” , longa-metragem de estreia de Saskia Sá , que entra em cartaz a partir do dia 22 de maio de 2025 nos cinemas.
O filme tem produção executiva de Luciana Druzina (“Loop”, “Contos do Amanhã” e “Exu e o Universo”) e é uma coprodução entre a produtora capixaba Horizonte Líquido e a gaúcha Druzina Content. A capital Vitória (ES) é uma das praças de exibição já confirmadas.
O filme lança um olhar gentil para essas identidades femininas e, para isso, reuniu um grande momento de personalidades da área para compartilhar suas histórias. Desenvolvedoras, streamers, criadoras, designers, jogadoras de eSports e figuras icônicas da indústria global de games, como Anne Quiangala, Brenda Romero, Cara Ellison, Jane Jensen e Limpho Moeti , transmitem suas experiências reais sobre ser mulher no universo dos games.
“Dentro desse universo narrativo, meu interesse se direcionou para as formas como as mulheres se inserem nesse mundo, tanto as jogadoras quanto os profissionais da indústria”, explica a diretora Saskia Sá. “Uma curiosidade aqui se deu na mesma medida com que me importo com o fato de nós sermos sempre uma minoria produtos geralmente mal remunerados em relação aos homens no campo profissional do audiovisual, assim também, com as formas como as identidades femininas são construídas nas personagens dos filmes e audiovisuais”, resume.
Na narrativa documental, um híbrido de animação 3D e ambientes simulados de jogos eletrônicos, a personagem virtual Mega fica intrigada com os depoimentos de inúmeras mulheres da indústria de games. Ao mesmo tempo, ela se sente inspirada por suas trajetórias, desde suas contribuições históricas até a evolução das personagens femininas nos jogos e o machismo persistente no mundo geek. Uma personagem que serve de guia para o filme tem a voz de Luiza Caspari , conhecida por seu trabalho no game e na série “The Last of Us”.
“Acredito que o grande diferencial do mundo gamer feminino é a diversidade de identidades femininas que amam e se interessam por esse universo, tanto nas questões de jogabilidade quanto nas conceituais, de narrativas, envolvendo pesquisa, temas, questões filosóficas, sociais ou políticas”, enumera a realizadara. “Apesar de ser um meio em que não se vê as mulheres como público prioritário, as mulheres estão na gênese histórica desse setor econômico, além de serem a maioria dos usuários, principalmente nos celulares”, complementa.
“Game Girls” tem financiamento do Edital SAV/MINC/FSA – 05/2018 – Documentário Infância e Juventude, Edital realizado pela Secretaria do Audiovisual e Ministério da Cultura com recursos do BRDE/FSA.