Em 19 de novembro de 2018, Carlos Ghosn foi detido pelas autoridades japonesas assim que desembarcou no aeroporto de Tóquio. Executivo reconhecido internacionalmente pelo trabalho como CEO da Renault e da Nissan, ele foi isolado em um presídio, sem saber ao certo sob qual acusação. Carlos vinha de Beirute, onde passara o fim de semana com a esposa, Carole, que só soube da situação do marido quando estava prestes a desembarcar em Nova York.
Juntos, sempre, que chega às lojas em março pela Intrínseca, é um relato escrito a quatro mãos sobre o período em que o casal foi mantido separado. No dia a dia da prisão e nos períodos de liberdade vigiada, acompanhamos uma trama que envolve traição no meio empresarial, acusações de uso indevido de bens corporativos, a ação diplomática de três países — já que Carlos é cidadão brasileiro, francês e libanês — e os bastidores do severo sistema judicial japonês.
Alternando o ponto de vista entre o casal a cada capítulo, o livro também narra a luta travada pelos dois para provar a inocência de Carlos. O sofrimento pela separação, que incluiu ainda um longo período em que os dois foram proibidos até de se comunicar, só teve fim após uma ação espetacular que virou manchete no mundo todo, quando Carlos conseguiu despistar as autoridades japonesas e fugir do país, para finalmente se estabelecer em Beirute com Carole, onde moram até hoje.