qui, 18 abril 2024

Luke Cage – A crítica final

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Eis que finalmente nesta sexta-feira foi lançado a tão aguardada (pelo menos por mim) nova série “Luke Cage”, mais uma das séries Marvel com exclusividade para a Netflix.

Eu sendo um grande fã de todas as séries da Marvel com a Netflix já estava com um pé atrás para fazer a crítica de “Luke Cage”, antes de assistir já estava preocupado em saber como seria possivel criticar sem puxar o saco da Marvel. Uma vez que Demolidor e Jessica Jones para mim foram perfeitas.
No fim das contas estou aqui me perguntando como farei essa crítica sem fazer inimizades, uma vez que eu estou arrependido de ter perdido horas preciosas da minha vida assistindo a “Luke Cage”.
Vamos lá:

A série nos mostra um Luke Cage fugindo de seu passado e vivendo no Harlem, um dos distritos de Nova Iorque. A apresentação do personagem em sua série solo é confusa, já o tinhamos visto em Jessica Jones e todos queriamos ver um pouco mais da vida do personagem, sabiamos da super força e da resistência de sua pele, mas como isso aconteceu? O que o levou a ter os seus poderes?
Temos uma série de flashbacks picados de personagens secundários até que chegamos em um episódio quase que somente dedicado a como foi sua vida na prisão, com esta sendo a melhor parte do desenvolvimento da história do personagem durante a série inteira.
A fraca atuação de Mike Colter não nos faz querer mais do personagem principal e deixa com que secundários e vilões sejam a melhor parte da série.
Não tivemos aqui uma demora para o nosso personagem principal ter um motivo para lutar contra o crime de seu bairro como foi em “Demolidor”, com a morte de Pops, Luke decide limpar as ruas do Harlem com suas próprias mãos de toda rede de crime criada por Cornell ”Boca de Algodão” Stokes (Deus que me livre nessas traduções), Mariah Dillard, “Shades” Alvarez e o sempre mencionado mas nunca visto  Willis Stryker / Cascavel.

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Os vilões são um show a parte (nem todos eles). Com as atuações criveis de Mahershala Ali como Cornell Stokes e Alfre Woodard como Mariah Dillard a série nos empolga um pouco, desde a apresentação dos personagens aos flashbacks de suas respectivas vidas e o que os levou a serem o que são agora. Somente a presença de Theo Rossi como “Shades”(por conta de seu frequente uso de óculos escuros, mesmo que em ambientes fechados, coisa que eu mesmo recrimino) foi o suficiente para me fazer gostar do personagem, a manipulação e os jogos que o personagem faz do inicio ao final da série são ótimos e nos fazem amar/odiar o personagem.
A decepção no time de vilões fica por conta de Willis Stryker o “Cascavel”, interpretado por Erik LaRay Harvey. Nada como um vilão que aparece do nada e tem tudo para ser odiado. Tinhamos um vilão que adorava fazer citações da Bíblia e movido por um ódio enorme por conta de seu passado com Luke Cage. Porém a atuação não estava lá, ele não se destacava como presença dominante embora tenha matado sozinho metade dos chefes do crime no Harlem.

Temos nossa querida Claire Temple (Rosario Dawson) retornando para dar aquela levantada no elenco com sua personagem que é aquela amiga que todo herói precisa para os manter inteiros enquanto cuida fisica e mentalmente (na forma de seus conselhos de amiga) de todo o elenco dos mocinhos da série.
Fomos presenteados com a personagem Misty Knight interpretada por Simone Missick. Que faz uma das detetives mais f*das da série, sua maneira de analisar cenas do crime e acontecimentos apenas olhando para as fotografias e usando sua inteligência são algo que me encantaram.

Em Luke Cage vemos outra parte da cidade de Nova Iorque, o Harlem com sua onda de crime e policiais corruptos (eu acho que não existe um policial a ser confiado em Nova Iorque de acordo com as séries da Marvel). As citações de heróis dos movimentos negros americano e a apresentação da diversidade do universo Marvel são uma das poucas coisas a se parabenizar nessa série. Temos ali questões raciais a serem levantadas durante maioria dos episódios, mesmo que meio confusamente e fora de contexto algumas vezes.
A trilha sonora com muito Jazz e Blues é ótima, adorava as cenas no Harlem Paradise para poder ter que ouvir as músicas que eram tocadas por bandas ao vivo.
As referências aos outros heróis da Marvel tanto em outras séries como no cinema também estão lá.

O veredito é:
Luke Cage é confuso, peca em péssimas atuações de quase todo o elenco (com exceção de alguns vilões, Claire e Misty), a ação da série é lenta (não espere grandes sequências de golpes e muita pancadaria igual em “Demolidor”), tentaram apresentar toda uma questão que teria sido um ótimo tema que é a vida dos afro-americanos, porto-riquenhos e etc contra o preconceito existente e falharam e o final, AAAA O FINAL, Netflix deveria ter fechado toda a história de Luke Cage em um arco só e esperado que a presença do personagem em os “Defensores” fizesse vingança a série.

Para um entendimento das futuras temporadas de outros heróis e os “Defensores, infelizmente, assistir “Luke Cage”se torna necessário.
Com pontos mais baixos do que altos, essa é uma série que você não precisa assistir com toda a pressa do mundo.

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Yan Phillipe Alcantara
Yan Phillipe Alcantarahttps://estacaonerd.com
Fotógrafo, rabiscado de tatuagens, exilado e seguidor de Aizen.
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