
O longa-metragem “Mares do Desterro”, dirigido por Sandra Alves e distribuído pela Elo Studios, será lançado no dia 8 de junho de 2023, no Espaço Itaú Frei Caneca, em São Paulo. A trama principal mostra a história de Divina (Débora Ingrid), que se vê cuidando da sua família após um evento traumático que ocasionou o desaparecimento de sua irmã gêmea. O roteiro é de Amilcar M. Claro (in memoriam) e traz uma abordagem sobre violência doméstica e relações conflitantes.
Tendo que lidar com o jovem irmão e com a mãe – que sofre pelo desaparecimento da filha e com o crescente distanciamento e violência do marido – Divina se vê em uma casa onde precisa lidar não somente com um trauma, mas também com as relações com os seus familiares que a cada dia se tornam mais difíceis e delicadas. Diante desse processo, ela se mostra determinada e ao mesmo tempo inconformada com a opressão instaurada, procurando brechas, resistindo, insistindo na lucidez diante do caos e criando um campo propício para a revelação de um importante segredo. A atriz cearense Débora Ingrid, que interpreta as gêmeas Divina e Serena, ganhou recentemente por conta dos dois papéis no filme o Prêmio “Destaque Feminino” na Competição Nacional do Femina Festival de Cinema 2022. O elenco tem ainda Georgette Fadel (série Segunda Chamada/O2Filmes-TVGlobo), Luciano Bortoluzzi (série Sintonia/Netflix) e Ianô Hak.
“Mares do desterro é aquele tipo de trabalho que te coloca do avesso, te faz renascer das cinzas e ficar mais forte. A temática do filme é tensa, mas como não ser? Violência doméstica mata todo dia, traumatizando mulheres e crianças. Por isso, considero importante falarmos sobre o assunto para transformarmos essa realidade. Chega, não aguentamos mais!”, afirma a diretora, Sandra Alves.
“Uma das obras plasticamente mais bonitas do cinema brasileiro recente” José Geraldo Couto, jornalista e crítico de cinema (IMS/ Instituto Moreira Sales).
Rodado na Praia da Solidão, em Florianópolis, onde o cenário principal foi uma casa de madeira construída na areia, o filme estreou na 45ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo 2021 e recebeu o prêmio de Melhor Longa Experimental no 15th Edition of Montreal Independent Film Festival (2022). O longa tem produção da Vagaluzes Filmes e fez parte do Selo Elas, uma iniciativa da Elo Studios que desde 2018 fomenta longas-metragens dirigidos por mulheres como forma de colaborar com a equidade de gênero no setor. “Para nós é muito importante ter no Selo ELAS a participação de uma diretora do sul do Brasil, fomentando o cinema independente brasileiro produzido fora do eixo Rio-São Paulo”, conta Barbara Sturm, Head de Conteúdo e Vendas da Elo Studios.
Sinopse
Após evento traumático que ocasionou a fuga de sua irmã gêmea, Divina cuida da família que vive há dez anos isolada numa praia deserta: o jovem irmão, enclausurado pelo pai, a mãe que sofre pela ausência da filha e com o crescente distanciamento do marido que, embriagado e violento, vaga à procura da filha predileta. Divina, altiva, determinada e inconformada com a opressão instaurada, paulatinamente expõe as dinâmicas das relações ali estabelecidas. Procura brechas, resiste, insiste na lucidez e cria campo propício para a revelação de importante segredo.