A Pandora Filmes anuncia dois de seus longas que fazem parte da pré-lista dos indicados ao Oscar de 2025: TRILHA SONORA PARA UM GOLPE DE ESTADO, longa belga que concorre na categoria melhor documentário, e a comédia dramática canadense LINGUAGEM UNIVERSAL, pré-finalista na categoria de Melhor Filme Internacional. Ambos os filmes chegam aos cinemas no primeiro semestre de 2025.
Com uma carreira de sucesso em festivais e conquistando diversas premiações, dentre eles Melhor Roteiro e Melhor Montagem pela Associação Internacional de Documentários, e o Prêmio de Inovação no Festival de Sundance, TRILHA SONORA PARA UM GOLPE DE ESTADO conta com a direção do cineasta belga Johan Grimonprez. O documentário parte do episódio verídico de quando os músicos Abbey Lincoln e Max Roach invadiram o Conselho de Segurança da ONU em protesto contra o assassinato de Patrice Lumumba, em 1961.
Com depoimentos e apresentações de figuras como Malcolm X, Louis Armstrong, Thelonious Monk, Dizzy Gillespie, John Coltrane, Abbey Lincoln, Max Roach, Nina Simone, o documentário expõe a violência do processo de colonização do Congo Belga e também a luta de independência do país.
“Os Estados Unidos envolveram expoentes negros do jazz, enviando-os para a região afro-asiática, as zonas de fricção, para realmente conquistar os corações das mentes do Sul Global. Mas o que é peculiar é, por exemplo, quando Louis Armstrong chega ao então recém-independente Congo é que ele é usado como isca para esconder que na verdade há um golpe de estado sendo tramado pela CIA”, relata o diretor Johan Grimonprez em entrevista.
Já o longa LINGUAGEM UNIVERSAL, dirigido por Matthew Rankin e roteirizado por Rankin, Ila Firouzabadi e Pirouz Nemati, traz três histórias aparentemente desconexas que se passam num lugar misterioso entre Winnipeg e Teerã.
O filme acompanha Matthew, um introvertido que deixa Montreal para visitar sua mãe doente em Winnipeg, sua cidade natal. No entanto, ao retornar à sua terra, ele se depara com uma realidade estranha e desconcertante: todos ao seu redor falam farsi. Com uma direção inovadora e sensível que remete ao surrealismo, Rankin propõe uma reflexão sobre as barreiras da comunicação e as complexas interações entre o local e o global, desafiando os limites da linguagem e da percepção.
“Acredito muito que fazer filmes é uma expressão coletiva e que toda a diversão de fazer filmes vem de fazer coisas com seus amigos. Nosso grande esquema aqui era criar um cérebro iraniano-quebequense-winnipego vivo e pulsante que pudesse produzir seus próprios pensamentos singulares. Nessa metodologia, o diretor é o ponto de síntese, mais como um maestro de orquestra, em vez de um visionário fulminante. Não tenho interesse em celebridades, poder ou controle. Faço arte porque anseio por conexão com os outros. Sempre acho que os filmes são melhores quando todos os colaboradores criativos se sentem livres para realmente se expressarem pelo prisma do filme”, conta o diretor do filme.
TRILHA SONORA PARA UM GOLPE DE ESTADO e LINGUAGEM UNIVERSAL serão lançados no Brasil pela Pandora Filmes.