ter, 19 novembro 2024

Entrevista | Elenco e produtores da série Pico da Neblina

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Estreou neste domingo (3 de julho) a segunda temporada de Pico da Neblina, produção brasileira da HBO Max. A série acontece em uma realidade utópica onde a venda e o comércio da maconha são legalizados. A trama principal gira em torno do ex-traficante Biriba (Luís Navarro), que se vê agora em um dilema entre permanecer no meio da ilegalidade ou entrar para o ramo de forma legal. A série ainda aborda a aderência da população ao novo recurso, e consequentemente também ao conservadorismo que vem para bater de frente.

Com o lançamento da segunda temporada, o Estação Nerd foi convidado pela HBO Max para uma coletiva de imprensa com o elenco e direção, onde pudemos saber um pouco mais sobre a temporada e bastidores. Confira:

SAO PAULO, SP, BRASIL, 24-09-2018: – – XXXXXX. Fotos da Série Pico da Neblina, produzida pela O2 Filmes que conta a história de dos jovens que tentam entrar legalmente no mercado para vender maconha na Vila Madalena. (Foto: Fabio Braga/O2 Filmes)DIVULGAÇÃO.

Fizeram parte da entrevista Alê Pellegrino, Quico Meirelles, Daniel Furlan, Henrique Santana, Leilah Moreno, Luís Navarro, Dexter, Rodrigo Batista e Rodrigo Pesavento, integrantes do elenco e produção da série.

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No início da entrevista um dos temas mais importantes quanto ao roteiro foi abordado, que tratou sobre a característica de profundidade de todos os personagens. “O roteiro da série busca não criar ou reforçar nenhum tipo de estereótipo, e mesmo que secundários, todos personagens têm sua personalidade, características e histórias escritas de maneira aprofundada, visando mostrar uma realidade, e não uma figuração.”, explicou Luís.

Quico e Alê seguiram falando sobre o roteiro, e de como a trama principal e o enredo da maconha e sua legalização é apenas um pretexto para tratar outros assuntos e outras tramas relevantes e dramas que, diferentemente da proposta da série, são reais. Todas as questões, posições e histórias tratadas na série tem a sua verdade e o seu fundo de inspiração severo na realidade. Ainda assim foi debatido também sobre como mesmo trazendo estas questões que geram tantos debates com seriedade de forma a expor os problema enfrentados, a série busca não ser panfletária, não querer ensinar algo ao seu espectador de forma direta, por mais que ensine de diversas outras formas.

O elenco também comentou sobre os problemas que enfrentaram ao estar gravando em meio a pandemia. Os ensaios, por exemplo, foram realizados online para evitar o risco de contaminação, e a testagem era feita continuamente para evitar ao máximo a exposição nos momentos em que o elenco se reunia presencialmente.

A partir deste momento os entrevistados entraram em assuntos mais delicados, como a humanização dos “vilões” apresentados, que assim como os demais personagens também são extremamente profundos, e sempre tem seus objetivos explicados, o que cria uma conexão entre o espectador e o personagem. A produção (Quico e Alê) também explica um pouco sobre a ausência de preocupação em retratar o que é moral, e o que não é, o que é bom e o que é mal e tudo que decorre disso. 

Falando mais sobre aprendizados decorrentes do trabalho, o elenco, em especial Leilah, nos contou sobre como a representatividade na produção a impactou, ela cita como exemplo sua cabeleireira, que assim como ela era uma mulher negra, e o quanto isso foi importante, tanto pelo impacto de ter alguém que sabia como cuidar de seu cabelo fazendo isso, também pelo compartilhamento de vivências ali dentro. Leilah também contou sobre como estudar a sua personagem mudou sua mentalidade e a fez abrir um negócio voltado a cosméticos que contém cannabis em sua composição, assim como sua personagem na série.

Os primeiros episódios da segunda temporada de O Pico da Neblina já estão disponíveis no HBO Max, com episódios semanais.

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