É de surpreender o vigor que Game Of Thrones finalizou esta aclamada 6ª temporada. A série rodou, apresentou novos personagens, novos enredos e núcleos. Mas finalizou o último episódio, da mesma forma que foi apresentada ao mundo, como uma batalha de duas “casas”, Starks vs Lannisters, e os Targeryens (Daenerys) servindo como uma salvação, ou, na minha opinião um ameaça a terra de conflitos, Westeros.
Dificilmente uma série narrativa consegue caminhar seis anos com a virilidade e, ao mesmo tempo proporcionar surpresas e riqueza de conteúdo. E quando conseguem tal feito, tendo em vista Walking Dead ou Breaking Bad ( essa com menos episódios), não contam com a profusão de personagens e localidades que Game of Thrones maravilhosamente dispõe.
A última temporada é certeira ao demonstrar a degluitição de feudos e uma constante disputa de poder entre a coroa e a igreja. Qualquer semelhança com a idade média, não é mera coincidência. A série, destarte dragões e magias negras, prega a realidade, e a usa, como seu trunfo.
O elemento surpresa da temporada foi a descoberta da verdadeira origem de um de seus muitos protagonistas. Ora, para quem já era fã, uma confirmação emocionante, e para os não tão iniciados no mundo de GOT, um verdadeiro choque, que promete virar de ponta cabeça o que esperávamos do rumo da série.
A série nessa sexta temporada, ganhou em ritmo e ação, mas perdeu em alguns questionamentos outrora presentes. Um certo tom novelesco foi imposto, separando vilões, heróis e salvadores. Antes o grande sabor da série era justamente não possuir vilões e heróis, tendo em vista que todos os personagens possuíam lados ardilosos.
Os dois últimos episódio dessa temporada, impressionaram por sua grandiosidade. A direção (a mesma nos dois episódios) realmente impressionou, entregando algo que nunca havia visto para uma obra audiovisual feita para a televisão. Mas o destaque foi para o 5º episódio, que “viralizou” na internet, com o famigerado “Hold the door”, mostrando o fenômeno mundial que essa série representa.
Tirando dragões e zumbis da frente, GOT é uma série política, e construiu bem sua narrativa ao longo dessas 6 temporadas, sendo sucesso absoluto de crítica e audiência. Tudo leva a crer que teremos, em seus últimos 14 capítulos, um final com muita estratégia militar, guerras e uma ou outra pergunta a responder.
As curiosidades do roteiro foram saindo do caminho, o que abre a produção inglesa, inserir um confronto final apoteótico e digno de um grande filme Hollywoodiano.
A conferir.