“Publicado no início da década de 1950, As Cavernas de Aço, escrito por Isaac Asimov, é o primeiro romance da consagrada Série dos Robôs, uma das mais populares da ficção científica.”
Autor: Isaac Asimov
Tradução: Alne Storto Pereira
Editora: Aleph
Ano: 2013
Páginas: 302
Sinopse
Na trama, Os Mundos Siderais, antigas colônias da Terra, possuem rígidas leis de imigração, e não aceitam mais terráqueos em seus planetas. Para agravar a situação, os robôs estão substituindo grande parte da mão de obra trabalhadora na Terra, levando os humanos a perderem seus empregos e privilégios de cidadãos.
Um brutal assassinato pode comprometer as relações diplomáticas entre esses dois mundos: um roboticista Sideral é morto em sua residência, nos arredores de Nova York, e as suspeitas recaem sobre um terráqueo. É quando entra em cena Elijah Baley, um investigador nova-iorquino encarregado de solucionar o caso antes que a situação fuja de controle. Para cooperar com o caso, os Siderais enviam um parceiro inusitado: um robô.
Resenha de As cavernas de aço, de Isaac Asimov
Meu amor por ficção científica é baseado (basicamente) em três nomes: Douglas Adams, Philip K Dick e Isaac Asimov. Sendo Douglas Adams o queridinho que me jogou nesse universo, e o Asimov o DEOS dos robôs com suas histórias não apocalipticas.
Então, vou tentar ser o mais imparcial possível nessa resenha, porque estou falando de um livro de Isaac Asimov com história de robô!
“As cavernas de aço” foi o primeiro romance sobre robôs escrito pelo autor, publicado em 1950, depois de vários contos, os quais já haviam sido reunidos em um livro que vocês conhecem (acredito) “Eu, robô”. A então conhecida “Série de robôs” é composta pelos livros “Sol desvelado” e “Os robôs da alvorada”.
“A história nasceu de um desafio. Asimov queria provar para seu editor, John W. Campbell, que a ficção científica não era limitada e poderia ser incorporada a qualquer gênero literário, inclusive nos dramas policiais.”
Neste primeiro livro, Asimov mostra toda a sua maestria em construir histórias criativas, futurismo e convivência com robôs como se fossem naturais.
Mais ou menos! Porque, os terráqueos não estão aceitando bem essa coisa de conviver com robôs, que estão tirando seus empregos. A violência contra esses “seres” inofensivos lembra um pouco do ludismo e Asimov é mestre em mostrar a perturbação dos humanos frente ao desconhecido. E como são babacas esses humanos!
O enredo é inteligente e imersivo. Em busca de desvendar um crime, robô e humano precisam trabalhar juntos. E não é qualquer robô, é um androide, muito semelhante a uma pessoa. Até então os humanos só tinham visto robôs com aspecto de máquinas. R. Daneel, o tal robô, copia fielmente as feições humanas, o que vai deixar o povo ainda mais agitado. Ver a mudança de perspectiva do detetive que precisa trabalhar com esse robô é muito legal.
As reviravoltas da trama são alucinantes. Afinal, tem um mistério a ser desvendado e a gente vai sendo conduzido junto com detetive para as pistas, e comete erros junto com ele. A gente fica apreensivo sobre quem poderia ser o autor do crime. Às vezes duvida do robô, mas depois percebe que não poderia ser ele, e fica maluco querendo saber quem foi!
As três leis da robótica são colocadas a prova nessa história, apresentando e aprofundando as suas características. E não tem como terminar a leitura sem virar uma defensora dos robôs. Se acontecer qualquer coisa diferente disso, leia de novo!
A edição do livro é linda, com essa capa metalizada, revisão impecável, diagramação ótima, bem confortável de ler. E a escrita de Asimov, para quem não conhece, é muito fluída e envolvente.
Então, se cruzarem com esse livro por aí, se curtem sci-fi, mistério, se joga, que a diversão é garantida!