dom, 22 dezembro 2024

Resenha | Serial Killers – Anatomia do Mal, de Harold Schechter

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Titulo: Serial Killers – Anatomia do mal
Autor: Harold Schechter
Tradutor: Lucas Magdiel
Editora: Darkside Books
Especificações: Capa dura | 480 páginas
Ano: 2013

 

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Sinopse: o que faz gente aparentemente normal começar a matar e não parar mais? O que os move – e o que pode detê-los? Como explicar a compulsão por matar e o prazer de causar dor, sem qualquer arrependimento? De onde vem tanta fúria? Seriel killers, Anatomia do Mal é o dossiê definitivo sobre o universo sombrio dos psicopatas mais perversos da história. Escrito por Harold Schechter – que pesquisa o tema há mais de três décadas –, o livro é referencia fundamental e todos os que se interessam pelo universo da investigação e da criminologia. Pontuado por curiosidades macabras, dados científicos e fatos pouco conhecidos sobre a trajetória dos principais criminosos em serie dos Estados Unidos, a obra abrange desde a criação do termo serial killer no inicio do século XX até o fascínio exercido por matadores seriais na cultura pop. Tente entender o que se passa na mente dos assassinos mais temidos e cruéis de todos os tempos. Sem duvida, oriundos de uma sociedade que precisa repensar urgentemente como cicatrizar essas feridas abertas.

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Considerados fortemente depravados e com uma sexualidade abomináveis, os serial killers são abordados com uma enorme dedicação nesse livro do pesquisador Harold Schechter, especialista em assassinos em serie.

Esse livro é uma enorme fonte de informações, e as pessoas se enganam em achar que serial killers é um fenômeno contemporâneo, eles existem desde os primórdios da existência humana, mas só passaram a ser documentados com o nascimento da mídia moderna.

O termo ‘serial killer’ é novo e foi criado para suprir a necessidade de uma definição desses homicídios calculados por mentes tão perversas, que sentem uma sede de matar que cresce cada vez mais e que só é cessado com a satisfação de ver a vitima sendo tortura e morta. Muitas vezes esses criminosos fazem usos de ‘troféus’ para relembrar sua excitação anterior, como por exemplo, alguma peça do vestuário ou até pedaços da vitima.

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O autor soube descrever com perfeição o perfil desses letais seres humanos, – se é que se pode chama-los assim – que são muitas vezes confundidos com pessoas normais, completamente fora de suspeitas. Muitas vezes são cidadãos respeitados e bem sucedidos na sociedade, o que os torna muito difíceis de ser pegos porque planejam muito bem seus crimes e quase nunca deixam provas. São extremamente inteligentes, e incapazes de amar ou sentir qual quer sentimento bom. Tem uma aparência sedutora e agradável, mas por dentro são profundamente perturbados com sonhos de estupro e tortura rondando sua mente, ao mesmo tempo seu coração maligno não sente nenhum tipo de remorso quando a vitima esta em suas mãos.

Muitas pesquisas apontam que essa consciência morta, sem moral e nem escrúpulos que os psicopatas tem, está em nossos genes como herança do nosso antigos ancestrais. O fato é que sempre os seres humanos tiveram comportamento bárbaro, desde os mitos gregos, com seus deuses comendo seus próprios filhos em puras cenas de canibalismo aos cavaleiros medievais que longe de ser um exemplo se sentiam livres para estuprar, e assassinar em massa em suas campanhas, muitas vezes mulheres indefesas. Vários textos antigos descrevem cenas de mutilação sexual explicitamente em que mulheres tinham a língua e olhos arrancados para não identificarem seus agressores, mostrando apenas que crueldade humana não é um traço moderno.

“Depois de matar uma camponesa a tiros, um membro de seu pelotão foi lá, rasgou as roupas da mulher, pegou uma faca e fez um corte da vagina até em cima, quase chegando aos seios, depois puxou os órgãos para fora, tirando-os completamente da cavidade abdominal, e jogou-os longe. Em seguida se ajoelhou e, debruçando-se sobre ela, começou a descascar cada pedacinho de pele do seu corpo e a algum deixou lá como tipo de aviso”.

Isso só mostra o quando as pessoas eram neutras para atos de crueldade, porque durante as guerras muitos assassinos psicopatas poderiam ingressar no exercício e matar cruelmente homens, mulheres e até crianças ainda seriam condecorados por seus atos.

Esse livro sem duvida nenhuma é excelente estudo sobre assassino em serie, descrevendo muitas cenas sangrentas e violentas, para pessoas com estômago fraco não seria uma boa leitura, mas vale a pena tentar o autor tem uma escrita fácil e direta. E o conhecimento do autor sobre o assunto – mas de três décadas -, nos ajuda a identificar o modus operandi de vários serial killers. Schechter traça muito bem o psicológico muitos serial killers americanos, e descrevendo como tornaram ícone na cultura pop com seus atos cruéis, mas o livro não trás apenas historias americanas descreve muitos casos internacionais, de assassinos que talvez nunca foram conhecidos pelas mídias. O que demonstra o quanto as autoridades não dão suma importância a caso desse tipo, ainda mais se as vitimas forem pessoas marginalizadas pela sociedade.

E eu não poderia deixar de dizer como amei essa edição da Editora Darkside, recheada de gráficos, informações detalhas e fotos. Sem contar que é de capa dura, e com material aveludado, que dá uma sensação incrível ao passar a mão sobre a capa. O material da pagina é alta qualidade, e muitas frases importantes são grifadas como se tivesse sido passado marca texto, dando ainda mais a sensação de ser um livro de estudo e pesquisa.

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“Mais uma coisa é certa: não existem serial killers que tenham vindo de um lar saudável e feliz. Todos eles são produtos de ambientes nitidamente disfuncionais.”

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Iolanda Strambek
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Futura sobrevivente de um apocalipse zumbi. Sem muita conexão com o mundo, que vive no silêncio das palavras. Talvez você queira conhecer um pouco do meu mundo, então pode entra. Mais só não fica muito a vontade. Não agrado a todos. -.-