sex, 22 novembro 2024

Sekiro: Shadows Die Twice – Review

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Lançado no dia 22/03/2019,
Sekiro: Shadows Die Twice se passa em uma reimaginação do Japão feudal, mais precisamente na era Sengoku, que
foi uma das fases mais conturbadas e instáveis da história do Japão, marcada por constantes guerras entre a metade do século XV e o final do século XVI.

O jogo trás várias mudanças em relação aos seus antecessores espirituais, a principal delas é descrita no próprio título, onde o personagem pode escolher ressuscitar no mesmo lugar onde morreu e perder XP, ou voltar ao último checkpoint, tendo de fazer todo caminho novamente.

OBS: Normalmente, ao fazer o review de um jogo, prefiro terminar o game primeiro para depois descrevê-lo por completo, mas brou! Nesse caso, vai demorar muito! Muito mesmo! Com seu alto nível de dificuldade e enorme quantidade de conteúdo, vai levar muitas horas para terminar o game.

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Mas vamos à nossas primeiras impressões após cerca de 10 horas de jogatina:

Se você acha que jogar Dark Souls ou Bloodborne vai te preparar para esse game, bom… de fato ajuda estar acostumado com o nível de dificuldade dos anteriores, mas aqui a mecânica muda consideravelmente.

Para quem jogou todos os outros, sabe o impacto que sentimos na velocidade do game quando mudamos de Dark Souls para Bloodborne? Aqui no caso o jogo é mais rápido ainda. A velocidade e os novos movimentos de combate trazem vida nova ao estilo Souls, mas sem perder aquele feeling que só os games Souls conseguem passar.

O gancho, uma das principais novidades na movimentação, traz uma verticalidade ainda nunca vista em nenhum dos outros games da From Software. Usar os ataques, pulando em cima do inimigo (como naquele primeiro chefe que encontramos em Dark Souls) é algo muito mais importante de se dominar e será muito mais utilizado no jogo.

Outra grande diferença é que o game dessa vez é 100% offline. Até o momento, nada de deixar recado no chão para pedir ajuda de outros players ou tentar invadir o jogo de alguém. Pelo menos por enquanto, não tem nenhuma interação online no gameplay (essa parte me incomoda um pouco, prevejo que no futuro haverá alguma atualização ou DLC trazendo um modo online).

Nesse jogo usamos muito o stealth, ou seja, nesse game, tem hora que a melhor opção é pegar os inimigos de surpresa e evitar combates desnecessários e gera ataques poderosos, capazes de eliminar alguns inimigos com um só golpe.

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Também não há possibilidade de criação de personagem, o que nesse caso é necessário para a história que possui um enredo muito bem definido, sendo um dos pontos fortes do jogo. Dessa vez, a ela é contada de forma mais direta, só que ainda assim, ainda é possível encontrar muito mais informação para quem se interessar em se aprofundar no mundo do jogo.

A mecânica de ressuscitar, é algo justificado na história, porém, leva um tempo para se acostumar com ela, especialmente para quem já jogou os outros games, onde em todos, quando o personagem morria, perdia as almas (ou ecos de sangue) e tinha de voltar no mesmo lugar sem morrer de novo para recuperar.

O lance da ressurreição, só rola uma vez e nesse momento, é preciso decidir entre perder pontos de XP ou voltar ao checkpoint, mas se ressuscitar e morrer de novo, já era! Volta lá atrás e tem de fazer o caminho todo de novo.

Em Dark Souls, apesar de podermos customizar e escolher um tipo de classe logo no início, conforme avançamos, geralmente nos tornamos bem diferentes do personagem inicial, já que a classe selecionada se trata apenas de alguns itens iniciais e os primeiros pontos de habilidade. Com o passar do tempo, a classe se ajusta à distribuição de pontos.

Em Sekiro, o personagem ganha XP quando mata inimigos, coleta partes para aperfeiçoar equipamentos, junta moedas para gastar com mercadores e consegue itens especiais, matando chefes, que permitem aumentar sua vida ou postura e também é capas de melhorar sua cura.

Como no Nexus em Demon Souls, Firelink, Majula, Igreja e por aí vai… aqui temos o Dilapidated Temple, onde estão os NPCs que nos ajudam. São apenas 3 no início, mas como de costume, ao avançar do jogo, novos NPCs vão aparecendo.

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Alguns rumores atestam que em Sekiro haverá mais de um final e que isso está diretamente relacionado à quantidade de ressurreições que o personagem faz durante o jogo.

Tentando aqui não dar spoiler, digamos que uma maldição acontece a cada vez que seu personagem morre e isso vai contaminando o mundo (isso é mostrado logo no começo).

Segundo esses rumores, se o jogador ressuscita muito, o mundo vai ficando mais sombrio e isso compromete o final, que provavelmente será o final ruim.

Como o gancho te leva até lugares mais altos, isso aumenta demais a exploração do cenário. Alguns itens são muito difíceis de serem encontrados. Se antes já era complicado achar tudo nesse game sem recorrer a algum detonado, aqui a coisa é bem mais difícil.

CONCLUSÂO

Mas afinal, o jogo é bom ou não?

Como todo jogo no estilo Souls da From Software, Sekiro não é para qualquer um. Este é um jogo hardcore, que busca um público específico, que quer desafios de algo nível. Se você não curte jogos difíceis, nenhum desses games é pra você.

Porém, se você quer um jogo profundo, com uma história envolvente, um alto nível de dificuldade que é muito bem recompensado de forma extremamente gratificante e difícil de explicar com palavras, você vai amar esse jogo.

No ranking do site metacritic.com, que faz a média entre as notas de reviews de vários sites de jogos conceituados, sua pontuação ficou em 90 de 100. Mantendo o padrão elevado dos seus predecessores, o que mostra que a From Software é muito boa nesse estilo de game.

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Macaos
Macaoshttps://estacaonerd.com/games
Macaos - Graduado em Jogos Digitais e desde 1998. escrevendo em sites e fóruns de games. Antes disso, colaborador em locadoras de games no início da década de 90; Emfim... um Old Gamer com muita experiência.