As novas gerações de consoles de videogame causam verdadeiras revoluções entre fãs de jogos. Lançado há pouco tempo, o PlayStation 5 já apresenta escassez no Brasil e o Xbox Series X também tem merecido a atenção devida a um herdeiro dos grandes sistemas de jogos.
Apesar disso, consoles antigos estão longe de serem descartáveis. Não é apenas um apego sentimental: os jogos e as máquinas não têm baixa durabilidade e a qualidade de muitos títulos para os consoles justificam jogar e revisitar seus mundos mágicos várias vezes com o passar dos anos.
No entanto, nem os materiais resistentes e nem a engenharia eficiente dessas máquinas faz milagre para prolongar a vida delas, e é preciso se importar e cuidar dos consoles para que eles durem. A parte capciosa desse cuidado é que as maiores fontes de danos ao maquinário podem facilmente passar despercebidas pelos donos: poeira e calor.
O sistema é sujo
Num experimento recente, o time da Betway, site de eSports bets, dedicou atenção ao tema do acúmulo de sujeira em diversos consoles.
A empresa resolveu contemplar alguns dos sistemas de jogos mais populares da geração mais recente – PlayStation, Xbox, Switch e PC – com uma análise de colônias de bactérias. Os resultados divulgados pela Betway preocuparão até mesmo quem não for germofóbico.
Em geral, os videogames têm três vezes mais bactérias do que um vaso sanitário, que tem uma média de 30 colônias de organismos. Na escala de imundice comparada, têm destaque o PlayStation e o PC como lar de microrganismos – o que fará fãs de Sony e Microsoft unirem-se pela cautela em jogar enquanto comem em futuras ocasiões.
Nem todas as bactérias são nocivas à saúde, mas muitas delas apresentam risco de contaminação. O documento propõe um passo a passo para manter o console limpo.
A limpeza que sai pela culatra
Para manter a máquina livre de sujeira e de poeira, também é preciso ter cuidados especiais. A limpeza com substâncias úmidas deve ser muito restrita e feita exclusivamente em algumas partes externas.
Para a porção interior do videogame, nem sempre é possível usar pano. Idealmente, alguma ferramenta que sopre ar comprimido permitirá uma limpeza interna decente sem ter que desmontar o aparelho.
Uma maneira eficiente de manter a ventoinha e o interior da máquina limpos é soprando paralelamente (e não diretamente contra) a abertura do console. Soprar diretamente contra o vão faz com que poeira e detritos externos adentrem a máquina, atingindo exatamente o oposto do objetivo almejado, que é tirar a sujeira de dentro.
Temperatura e armazenamento
Uma condição fundamental para preservar o console numa temperatura adequada é guardá-lo num local apropriado. Mas que tipo de local seria esse?
Em primeiro lugar, algum ponto que evite fontes de calor e de intempéries, como chuva. Portanto, nada de mantê-lo próximo a máquinas que esquentam ou de uma janela, se possível. Mantenha-o longe do alcance do sol. O ideal é armazenar seus consoles em áreas abertas, com bastante espaço entre as ventoinhas internas e superfícies externas.
Além dos cuidados com a temperatura, a posição em que o console é guardado também pode ser fonte de problemas. Às vezes o console é feito para ficar em pé, mas pode ser melhor guardá-lo na horizontal para evitar quedas.
Nem sempre temos tanto espaço quanto desejamos em casa, então colocamos o vídeo game onde é possível. Essa é uma limitação legítima. Porém, evitar empilhá-los com outros itens dentro de um armário é importante para evitar danos, assim como mantê-los em alturas baixas, para não correr o risco de que caia e quebre.
Se o seu console é ainda mais antigo e depende de cartuchos para continuar jogando, as precauções servem também para o armazenamento de jogos, o que é uma preocupação adicional.
Nada dura para sempre
A preservação ajuda a estender a vida útil dos videogames, mas não garantem que eles sigam funcionando. Limitações de hardware e de software podem ser desafios intransponíveis para manter as máquinas em atividade.
No que diz respeito ao software, é importante manter a máquina sempre atualizada para corrigir erros e brechas de segurança, o que é especialmente sensível no PC e nos consoles de última geração.
Por outro lado, se a empresa descontinua recursos nessas mudanças, não há o que fazer diante da limitação. Eventualmente, reverter as configurações do aparelho às configurações de fábrica pode tornar o sistema mais eficiente – mas isso pode variar de caso a caso.
Já o hardware é o principal desafio de conservação, pois os materiais dos videogames com certeza se desgastarão em algum momento e, com o passar das gerações de consoles, as assistências autorizadas deixam de prestar auxílio e as peças para conserto vão ficando caras e raras. Por isso, assim como em outros campos, é melhor prevenir do que remediar