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Eu tenho um costume de passar nas livrarias, quando vou ao shopping, para ver as novidades. Eu sei que é vício de leitora e que não sou a única. E todas as vezes, acho o livro que estava querendo e mais três que não estavam em meus planos. Mas, acabo deixando eles onde os encontrei, pois tenho alguns na minha gaveta na fila. Acabo passeando por toda a livraria lendo um pouco de cada pérola que encontro e hoje vou compartilhar os últimos adicionados na minha lista de desejo.
“Primeiro livro de Geraldo Portela, Poucas palavras reúne 80 minicontos escolhidos pelo próprio autor. Os temas variados, a linguagem incisiva, revelam histórias irônicas, trágicas, cômicas e irreverentes.” Eu não encontrei muito sobre o livro na internet, entretanto posso dizer que os minicontos deixam o leitor a pensar muitas coisas. Eu li uns 2 e as poucas palavras que ele te fornece, faz você imaginar muitas possibilidades e uma história inteira.
“Ser feliz para sempre é o final que todos nós sonhamos para nossa história pessoal. […] Ninguém sabe direito o que é felicidade, mas, definitivamente, não é acomodação. Acomodar-se é o mesmo que fazer uma longa viagem no piloto automático. Muito seguro, mas que aborrecimento. É preciso um pouquinho de turbulência para a gente acordar e sentir alguma coisa, nem que seja medo. […]”- Montanha-Russa – “Amor, saúde e dinheiro persistem como a tríade dos sonhos, mas o século XXI está colocando na prateleira um kit suplementar: independência, autoestima e bom humor. Adquira-o. A felicidade não depende só do cumprimento de metas vitais, mas também de atitudes mundanas.” – Trem-bala – “A questão não é por que nos apaixonamos por Roberto e não por Vitor, ou por que nos apaixonamos por Elvira e não por Débora. A questão é: por que nos apaixonamos? Estamos sempre tentando justificar a escolha de um parceiro em detrimento de outro e não raro dizemos: “Não entendo como fui me apaixonar logo por ele”. Mas não é isso que importa. Poderia ser qualquer um. A verdade é que a gente decide se apaixonar. Está predisposto a envolver-se – o candidato a esse amor tem que cumprir certos requisitos, lógico, mas ele não é a razão primeira de termos sucumbido. A razão primeira somos nós mesmos. Cada vez que nos apaixonamos, estamos tendo uma nova chance de acertar. Estamos tendo a oportunidade de zerar nosso hodômetro. De sermos estreantes. Uma pessoa acaba de entrar na sua vida, você é 0 km para ela. Tanto as informações que você passar quanto as atitudes que tomar serão novidade suprema – é a chance de você ser quem não conseguiu ser até agora.” – Coisas da vida.” Eu tenho 3 livros de Martha Medeiros e sempre me surpreendo com o sucesso dela com as crônicas e o seu estilo, ela consegue produzir muito material e um material incrível.
“A ironia é que tentamos rejeitar nossas histórias difíceis para parecermos mais plenos ou mais aceitáveis, mas nossa plenitude depende, na verdade, da integração de todas as nossas experiências, inclusive as quedas. Errar faz parte da vida. Se você correr riscos e for corajoso, mais cedo ou mais tarde poderá se dar mal. Às vezes aquele projeto em que estava apostando todas as fichas vai pelo ralo ou um casamento de muitos anos chega ao fim, deixando dor e muito sofrimento pelo caminho. Não importa: todos precisam aprender a lidar com o fracasso.” Brené Brown traz um tema “clichê”, mas justamente sobre esse medo de falar quando caímos no fundo do poço e o processo para sairmos dele. A capa me conquistou e o título também. Mais forte do que nunca.
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