Durante a Summer Fest, um evento que trará novidades sobre games, revelaram uma demo do motor gráfico Unrieal 5 que, segundo os desenvolvedores, disseram que estaria rodando em um Playstation 5.
O resultado visual impressiona muito! Os efeitos de luz, especialmente para quem tem um TV com a tecnologia HDR (High Dynamic Range) mostram uma melhora perceptível quando compararmos aos melhores títulos disponíveis na atual geração, este é um dos grandes saltos que veremos com a chegada do PS5 e Xbox Series X.
Mas além disso, uma das coisas que mais pesa em um jogo é a quantidade de polígonos. Nos primórdios do 3D, na geração dos 32 e 64 bits, essa era uma limitação extrema, que fazia com que todos os jogos fossem muito quadrados e era muito difícil gerar formas orgânicas, fazendo com que os desenvolvedores tivessem de quebrar a cabeça de modo a fazer um trabalho de arte onde fosse possível identificar os objetos como humanos, árvores, etc. de modo a não confundirmos com outra coisa, algo que acontecia com frequência em alguns jogos menos elaborados dessa época.
Porém, com o aumento da capacidade de processamento dos hardwares e as técnicas de otimização dos mesmos foram evoluindo, até chegarmos aos consoles da geração atual, que já fazem um excelente trabalho e o resultado visual disponível hoje em dia, para muitos, já é o suficiente para impressionar.
Mas com a chegada da nova geração, algo que chama muita atenção neste vídeo, é o momento em que os desenvolvedores removem os filtros e mostram a enorme quantidade de polígonos independentes, sendo renderizados ao mesmo tempo e com física aplicada.
Mas qual é a utilidade prática disso?
Com a possibilidade de processar essa imensa quantidade de polígonos, os cenários dos jogos passam a ser mais interativos, ou seja, com partículas que se soltam das paredes, efeitos de destruição se tornam mais realistas, há uma melhor detecção de colisão e os destroços ou fragmentos do cenário, gerados pela destruição, não precisarão mais sumir da tela.
Para percebermos um efeito bastante perceptível dessa evolução, basta repararmos na personagem principal, especialmente no tecido de sua roupa, que em momento algum no vídeo, o pano parece entrar dentro do modelo do personagem, como se atravessasse ou entrasse dentro do corpo ou do cabelo dela.
Este é um problema que vemos em vários jogos da geração Playstation 4 e Xbox One, mesmo em jogos de qualidade como Assassin’s Creed Odyssey, Red Dead Redemption 2, etc.
Outro detalhe que também podemos perceber, é o das pedrinhas que deslocam dos barrancos e seguem rolando pelo chão sem simplesmente desaparecerem, elas permanecem ali.
A quantidade de polígonos também favorece o realismo das expressões faciais dos personagens e facilita o reconhecimento facial na hora de gerar a captura de movimentos delicados, como alterações sutis no rosto dos personagens.
O salto entre a geração atual e a próxima será enorme! Agora entramos em uma era onde será indistinguível as cenas pré renderizadas das cenas de jogo com renderização em tempo real. Porém, mesmo com toda essa evolução, o salto entre a geração atual e a próxima será a mais sutil se compararmos com todas as anteriores, e essa é uma tendência daqui pra frente.
Quanto mais beirarmos a perfeição e o realismo nos jogos, menor será a necessidade de uma mudança de geração no futuro. Esta pode ser uma das gerações com a maior expectativa de vida que tivemos até agora.