Na semana passada, Vitor Kley disponibilizou em todas as plataformas digitais o primeiro single do novo álbum, “O Amor é o Segredo”. Ouça aqui.
Agora, lança o clipe da faixa, com participação, à distância, de sua namorada Carolina Loureiro. Sem dar muito spoiler, Vitor abre o vídeo em conversa com a portuguesa, dizendo que não poderia encontrá-la por conta da pandemia viral, e expressa o amor através da canção.
“O Amor é o Segredo” é a prova incontestável de que ele foi muito além do que é esperado, mesmo para um dos principais talentos musicais do país atualmente. Com a canção, Vitor ultrapassou o estágio da música que traz bons sentimentos e alcançou a marca de compositor que transforma melodia e harmonia em emoções.
Em um texto de apresentação, isto parece apenas um exercício de palavras. Mas na prática, alcançar o poder de transferir emoções através da música é um dos clímaces da carreira de um artista.
Pois é isso que a canção traz e o que promete o álbum que ela anuncia, que terá o nome de “A Bolha” (a explicação para o nome vem mais para frente).
O próprio Vitor diz que a canção “tem um negócio diferente, tem algo inexplicável”, que fez as pessoas que a escutaram em primeira mão se emocionarem. “É hoje a favorita na minha família, da Carol (namorada), meu irmão chorou, eu chorei, até o Rick (Bonadio) se emocionou”, diz.
Soará piegas, mas a verdade é que o título entrega a razão: o amor é o segredo. Podemos até colocar parte da letra aqui: “Um dia me disseram que nada vai adiantar / Que o mundo tá perdido e não sai do lugar / Pena de quem acreditou / Se a gente existe, ainda existe o amor / Então eu te quero muito bem / Quero te amar sem medo / Sorrir sem saber por quê / O amor é o segredo que falta a gente entender”.
É poesia plena. Mas a letra colocada dessa forma, fria, não representa completamente o que é escutá-la acompanhado de progressão de acordes de violão, piano, baixo e arranjo de cordas redondíssimos que emolduram balada impecável.
Talvez o motivo de a canção (e as demais) tocar tão profundamente nossas almas sem sabermos por quê esteja no progresso de composição, registro e produção do álbum.
O trabalho foi conduzido no estúdio caseiro de Rick Bonadio, que produziu e dirigiu artisticamente o disco (nisto, junto a Renato Patriarca), além de fazer arranjos, tocar piano, baixo etc. “Entramos num’A Bolha (NR: taí o nome do disco), com a filhinha dele recém-nascida em casa, um alinhamento total de planetas entre ele e eu que trouxe uma verdade gigantesca para todo o disco”, conta.
Por falar no álbum, a promessa é de a variedade exemplificada no single permear toda a obra. “Tem uma diversidade maior. Retrata bem quem sou, o cara que toca violão de (cordas de) nylon em casa, que usa acordes de sétima para um lance mais MPB, pega a guitarra e curte tocar um rock´n´roll de duas notas”, diz Vitor.
Temos também o timing em que a canção é lançada. Um instante nunca vivido na humanidade, que mistura isolamento social, certo estado de guerra e pânico generalizados. Daí ser o momento propício para que artistas nos tragam luz e alento.
“Parece que estamos vivendo um filme. E o que tenho a oferecer é a música. Quero que ela ajude a alimentar de coisas boas as pessoas. Como não posso abraçar a todos que estão recolhidos, “O Amor é o Segredo” é um abraço a todo mundo que está em casa, e uma afirmação de que vamos passar por isso”, afirma.
Com a arte a aflorar o melhor de nossas emoções, com certeza superaremos esta fase e estaremos juntos mais fortes para celebrar a música. O segredo foi revelado.