Em O Sequestro do Voo 375, vemos um piloto comercial da VASP iniciar um voo de Rondônia para o Rio de Janeiro. Abalado com a crise econômica brasileira, um passageiro anuncia o sequestro do avião e ordena a mudança de rota para o Palácio do Planalto, em Brasília.
A direção de Marcus Baldini (Bruna Surfistinha) constrói uma narrativa quase que documental sobres os fatos abordados na história, que possui 100 minutos de duração. As situações apresentadas são bem dirigidas por Baldini, que utiliza bem os espaços da cabine e sempre consegue passar a sensação de perigo dentro do avião
A justificativa para um ato tão hediondo é apresentada de modo orgânico e a reconstituição da situação vivida na década de oitenta, acaba ajudando o espectador a entender os motivos da ação do sequestrador.
As ações dele nunca são romantizadas pelo texto da dupla Lusa Silvestre (Estômago) e Mikael de Albuquerque (Real: O Plano por Trás da História). Outro destaque do roteiro, é que ele é muito criativo ao recriar as diversas situações de perigo que o piloto e os passageiros viveram naquele voo.
No quesito atuação Jorge Paz (Cangaço Novo) e Danilo Grangheia (O Roubo da Taça) são os grandes nomes do filme e com suas atuações carregam o filme, que conta com o apoio de um elenco seguro e que cumpre bem seus papéis dentro do espaço que a cabine/roteiro permite a eles.