TÁR Confira a crítica do filme!

A genialidade de Tár de Todd Field vem da maneira como a produção do filme ecoa a natureza traiçoeiramente sedutora da sua personagem central.

Lydia Tár (uma eletrizante Cate Blanchett) é um talento deslumbrante: uma maestrina e compositora de classe mundial com um ego elevado para combinar com sua formidável reputação profissional.

Ela se descreve, em um raro momento totalmente insincero de autodepreciação, como “uma lésbica U-haul”, mas na verdade ela é metade de um casal poderoso da Filarmônica de Berlim: sua parceira é a violinista principal, Sharon Goodnow (Nina Hoss).

Tár é magnífica. Ao mesmo tempo, ela é um monstro, uma narcisista caprichosa que encanta uma série de jovens, todas estrelas em ascensão na música clássica

Todd Field, indicado ao Oscar por seus dois filmes anteriores, Pecados Íntimos (2006) e Entre Quatro Paredes (2001), traz uma complexidade escorregadia aos procedimentos.

Tár é o acidente de carro em câmera lenta de um cancelamento? O acidente e a queima da ambição arrogante? Um thriller sobrenatural? Uma tragédia shakespeariana sobre um indivíduo poderoso levado à beira da loucura pelo atrito mesquinho da culpa?

Ninguém, a não ser Blanchett, poderia ter demonstrado a arrogância imperiosa necessária para retratar uma grande musicista a caminho de um colapso nervoso ou de uma epifania criativa.

Confira a crítica completa de TÁR, por Ana Duarte

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