qui, 21 novembro 2024

Crítica | Loki (2° temporada, episódios 1 e 2)

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      A partir do momento em que começaram a surgir informações sobre uma eventual série do Loki, poucos conseguiram prever o que de fato esse projeto acabaria se tornando. Talvez um dos grandes trunfos de Loki seja possuir um conceito que permite o isolamento quase total de todo o resto do Universo Cinematográfico Marvel, o que resulta na possibilidade de explorar com maior liberdade todo um cantinho com regras muito próprias, tal qual James Gunn fez com a franquia dos Guardiões da Galáxia aqui possuímos personagens com motivações diferentes, e tudo que vem junto da burocrática TVA. A primeira temporada pode não ter conseguido utilizar dessa pseudo-liberdade ao seu máximo mas o anúncio de um segundo ano para a série implantou a esperança de que talvez com mais tempo e desenvolvimento esses conceitos possam de fato florescer, e agora finalmente poderemos descobrir se foi o caso.

(L-R): Ke Huy Quan como O.B., Wunmi Mosaku como Caçadora B-15, Tom Hiddleston como Loki, e Owen Wilson como Mobius em Marvel Studios’ LOKI, Temporada 2, exclusivamente no Disney+. Fotografia por Gareth Gatrell. © 2023 MARVEL.

      No que diz respeito aos dois primeiros episódios dessa segunda temporada de Loki é possível dizer que a série retorna com muita energia e ainda algumas ideias para expandir o que conhecemos sobre os efeitos temporais geridos pela TVA. O design de produção da série continua um de seus elementos mais charmosos, roupas espaciais, escritórios, instrumentos tecnológicos, todos evocando uma mistura entre passado e futuro que se alinha perfeitamente a energia que essa história passa.

O personagem título continua sendo rico em possibilidades mas com um sentimento de pouco explorado, ao menos em suas capacidades. Loki enquanto feiticeiro asgardiano muitas vezes tem algumas dificuldades que parecem desconexas do que se esperaria de uma pessoa com suas capacidades, mas isso já era algo presente na primeira temporada e que faz mais sentido ao tentar aproximar loki de um humano normal para que exista uma possibilidade de embate que não acabe em segundos. Ainda assim perdura a sensação de que o lado mágico de loki sempre pode ser melhor apresentado, apesar de uma cena muito interessante no segundo episódio.

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A dinâmica entre Loki e Mobius continua funcionando muito bem e, até então, a série permitiu um espaço para que os coadjuvantes tenham um pouco mais de vida própria, sejam os funcionários da TVA, ou sylvie que parece estar no caminho para ser examinada com mais calma do que foi feito na primeira temporada.

No geral, um início cativante para a segunda temporada de Loki, resta agora saber se tal qual tantas outras essa também será mais uma série que parece saber de onde partir mas não exatamente aonde quer chegar para além da expansão conceitual que poderá ser abordada em projetos futuros do estúdio. Não faltam personagens carismáticos, mas aonde eles vão a partir de agora é a pergunta que perdurja para os próximos episódios.

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Fabrizio Ferro
Fabrizio Ferrohttps://estacaonerd.com/
Artista Visual de São Paulo-SP
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