sáb, 11 maio 2024

Crítica | Ricky Stanicky

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É de conhecimento comum que humor é relativo, vão existir piadas que vão atingir mais algumas pessoas do que outras e o contrário também. Com isso em mente, não existe um pedestal moral ou técnico que esteja presente na hora de analisar a qualidade das piadas feitas em uma obra (exceto se tiver como base algum preconceito), porém um longa metragem, em específico no gênero de comédia, não é constituído apenas por piadas e sim é necessário observar a obra como um conjunto inteiro. E é por esse escopo que é seguro dizer que Ricky Stanicky é um filme decepcionante. 

Na trama do filme, Ricky é uma persona falsa criada por três melhores amigos de infância, Dean (Zac Efron), JT (Andrew Santino) e Wes (Jermaine Fowler), onde a personalidade de Stanicky é ser um jovem caótico e apocalíptico imaginário ao qual o trio convenientemente culparam todas as suas pegadinhas juvenis. Atualmente na vida adulta, o trio utiliza a figura de Ricky como a desculpa que eles usam para mentir para seus respectivos parceiros. No entanto, quando surge a necessidade de Ricky aparecer pessoalmente, eles contratam o ator Rod (John Cena) para viver o encrenqueiro.

John Cena traz na sua atuação um charme que já é presente em papéis anteriores, o ator encontrou seu ponto de conforto em viver personagens que são, na forma mais pura e direta de falar, escrotos ingênuos. O diretor Peter Farrelly decidiu que Cena viveria o papel cerca de dois minutos depois de um episódio da série Peacemaker da DC, e você pode ver o ator pelo menos tentando trazer um pouco da mesma mistura profundamente agradável de fanfarronice e falas de caráter duvidoso.

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Os elogios ao filme acabam aí infelizmente, apesar de ambíguo o tipo de humor que o filme traz, Farrelly tenta criar um equilíbrio entre comédia e drama que falha miseravelmente. A jornada do trio de amigos em se tornarem pessoas melhores ao conviverem com Rod é rasa e pouco cativante. Não existe nenhuma naturalidade nos problemas vividos por Efron, Santino e Fowler, e isso não é culpa da atuação e sim de um roteiro que não traz um ritmo balanceado o suficiente para evitar momentos como o personagem de Zac Efron se virando para a câmera e dizendo que teve problemas com o pai na infância.

Os elementos que deveriam funcionar que é a química entre o elenco não funcionam, principalmente por uma escolha da edição em nunca manter uma sequência longa nos atores, sempre fazendo cortes frenéticos entre cada rosto e nunca dando espaço de tela para a atuação tentar salvar o roteiro falho.

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