ter, 23 setembro 2025

35º Cine Ceará | Premiére Mundial de longa brasileiro e exibições especiais são destaque da programação

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Ao longo desta semana, o público poderá conferir gratuitamente filmes ibero-americanos, nacionais e cearenses no 35º Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema, que teve início na noite de sábado (20). A semana já começa com a première mundial do documentário “Do outro lado do pavilhão”, deEmília Silveira, que será exibido nesta segunda (22), no Cineteatro São Luiz. O filme narra a história de duas mulheres em liberdade condicional que compartilham relatos sobre a vida na prisão, enquanto enfrentam uma rotina cruel com coragem e humor. O longa faz parte da Mostra Competitiva Ibero-americana de Longa-metragem, que exibirá na sequência o equatoriano “Eco de Luz”, de Misha Vallejo. O filme foi exibido no Festival Internacional de Cinema de Cartagena das Índias, no Festival Internacional de Documentários de Amsterdã (IDFA), entre outros. Antes dos longas, haverá a segunda exibição da Mostra Brasileira de Curta-metragem, o documentário cearense “Amores na Pasajen”, de Daniele Ellery. A programação tem início às 19h. 

Nos dias seguintes serão exibidos na Mostra Ibero-americana de Longa-metragem os filmes “Esta Isla” (23/09), produção de Porto Rico, de Lorraine Jones e Cristian Carretero, vencedora de três prêmios no Festival de Tribeca, em Nova York – Menção Honrosa na categoria Melhor Longa-Metragem Narrativo dos EUA, Melhor Novo Diretor de Narrativa e Melhor Direção de Fotografia para Cedric Cheung-Lau; “Um cabo solto” (25/09) (Un cabo suelto), coprodução Uruguai/Argentina/Espanha, de Daniel Hendler, que estreou mundialmente na 82ª edição do Festival de Veneza; e “Ao oeste, em Zapata” (25/09) (Al oeste, en Zapata), coprodução Cuba/Espanha, de David Beltrán i Mari, vencedor do prêmio CineVision no Festival de Cinema de Munique e de dois prêmios no festival suiço Visions du Réel. 

Já a Competitiva Brasileira de Curta-metragem teve início no domingo (21), no Cineteatro São Luiz, com exibição de “Minha mãe é uma vaca”, de Moara Passoni (MT/SP). Até quinta, a mostra contará com mais duas produções cearenses: as ficções “Fogos de artifício”, de Andreia Pires, e “Peixe morto”, de João Fontenele. 

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Além deles, mais cinco curta brasileiros estão na mostra: as ficções “Brincadeira de criança”, do João Toldi (SP); “Canto”, de Danilo Daher (GO), “Boi de salto”, deTássia Araújo (PI) e “O Amor não cabe na sala”, de Marcelo Matos de Oliveira e Wallace Nogueira (BA), e os documentários “Réquiem para Moïse”, de Caio Barretto Briso e Susanna Lira (RJ), e “Thayara”, deMila Leão (PR). 

EXIBIÇÕES CEARENSES 

Na Mostra Olhar do Ceará, que teve início no domingo no Cinema do Dragão, haverá ao longo da semana a exibição dos longas “Bom fim”, de Rafael Vilarouca, um registro da tradicional festa em louvor ao Senhor do Bonfim em Icó; “Centro ilusão”, de Pedro Diógenes, que acompanha o encontro de duas gerações de músicos; “Resumo da ópera”, de Honório Félix e Breno de Lacerda, uma ficção política e futurista.  

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Entre os curtas, estão “Acaso Revisitado”, de Felipe Camilo, que conduz o espectador a um monólogo sensível sobre afetos, cidades e carnavais;  “Alheio”, de Pedro Paulo Araújo, filme que investiga a metamorfose como rito de passagem; “Do lado de dentro”, de Marina Hilbert, que narra três momentos marcados por memórias dolorosas no mesmo apartamento; “Estrangeiro”, de Edigar Martins, um mergulha na cultura reggae do Ceará para falar de pertencimento e diversidade.  

Concorrem também na mostra os curtas “Límite”, de Lucas Melo e Thamires Coimbra, uma ficção que intersecciona dependência química e experiências LGBTQIAPN+, passeando entre o surrealismo e terror; “Na estação das mangas, ela alimenta o bairro inteiro”, a construção de uma ficção a partir de arquivos e memórias; e “Na peleja brasileira”, de Victor Furtado, que mistura humor e drama na vida de um artista de rua. 

A seleção traz ainda a animação “O medo tá foda”, de Esaú Pereira; “Revoada”, dos diretores Tuan Fernandes, Gabrielle Neara e Dinorá Melo, que apresenta o voo de pássaros pintado quadro a quadro; “Secundária”, de Amanda Pontes, com reflexões de uma atriz durante um processo de seleção e “Tempo trem”, de Roberta Filizola e Guilherme C., uma animação sobre memórias e o retorno de uma locomotiva. 

PROGRAMAÇÃO 

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Confira no site a programação de exibições e debates que acontecem até sexta-feira (26): www.cineceara.com

DESTAQUES DA ABERTURA (20)  E SEGUNDO DIA DO FESTIVAL (21) 

A noite de abertura, no sábado (20), no Cineteatro São Luiz, foi marcada pela homenagem à atriz Mariana Ximenes, que recebeu o troféu Eusélio Oliveira das mãos do cineasta cearense Halder Gomes, com grande aplausos do público. Emocionada com o reconhecimento de seu trabalho, em especial no cinema, a atriz declarou: “É muito emocionante pra mim estar aqui hoje, neste palco, nesta terra e receber esta linda homenagem do 35o Cine Ceará, festival precioso, e levar esse troféu com o nome de Eusélio Oliveira, que plantou a semente desse festival e é justo dizer que tem o dedo dele em estarmos todos juntos aqui hoje”. 

A secretária do Audiovisual do Ministério da Cultura, Joelma Gonzaga, que veio prestigiar a edição, disse em sua fala que o Cine Ceará cumpre um papel importantíssimo na formação de público, de plateia, do olhar. “A carreira dos filmes no cinema começa nos festivais. Muitas vezes é o lugar onde a população tem o primeiro acesso à nossa cinematografia. E o Cine Ceará cumpre isso com muita excelência. É um espaço de formação do olhar, de formação do público e de enriquecimento da nossa cinematografia”, completou. 

Na manhã de domingo (21), no Hotel Sonata, foi realizado o primeiro debate sobre os filmes desta edição. O longa debatido foi “Gravidade”, exibido na noite anterior, com a presença do diretor, Leo Tabosa, das atrizes Hermila Guedes, Danny Barbosa e Clarisse Abujamra, e produtores do filme. à tarde, foi aberta a Mostra Olhar do Ceará no Cinema do Dragão, com a exibição dos curtas “Fortaleza Liberta” (Natália Maia e Samuel Brasileiro. documentário, 16’, Ceará, 2025), “Vermelho de bolinhas” (Joedson Kelvin e Renata Fortes. documentário, 19’, Ceará, 2025), e “Faísca” (Bárbara Matias Kariri. híbrido, 12’, Ceará, 2025), e do longa-metragem “Verbo ser” (Nívia Uchôa. documentário, 76’, Ceará, 2025). Após as sessões, os realizadores conversaram com o público. 

À noite, no Cineteatro São Luiz, teve a exibição de “Minha mãe é uma vaca” (Moara Passoni. ficção, 15’, Mato Grosso do Sul / São Paulo, 2024), abrindo a Mostra Competitiva Brasileira de Curta-Metragem. Na sequência, aconteceu a exibição especial de “Para Vigo me voy!” (Lírio Ferreira e Karen Harley.  documentário. 99’, Brasil, 2025) e de quatro curtas do programa Directors’ Factory Ceará Brasil, realizados com mentoria de Karim Aïnouz: “A fera do mangue” (Wara e Sivan Noam Shimon. ficção, 14’, Brasil/França, 2025), “A vaqueira, a dançarina e o porco” (Stella Carneiro e Ary Zara. ficção, 10’, Brasil/França, 2025), “Ponto Cego” (Luciana Vieira e Marcel Beltrán. ficção, 19’, Brasil/França, 2025), e “Como ler o vento” (Bernardo Ale Abinader e Sharon Hakim. ficção, 14’, Brasil/França, 2025). 

COMO RETIRAR OS INGRESSOS PARA AS SESSÕES 

Os ingressos para as sessões do 35º Cine Ceará serão distribuídos de maneira diferenciada nos dois locais de exibição. Para as sessões no Cineteatro São Luiz, os ingressos estarão disponíveis, exclusivamente, através da plataforma Sympla, sempre no dia anterior à exibição, a partir das 14h. Já para as sessões no Cinema do Dragão, os ingressos poderão ser retirados diretamente na bilheteria, 1 hora antes do início de cada sessão. Cada pessoa poderá retirar até 2 ingressos por sessão 

PREMIAÇÕES 

O Cine Ceará concede anualmente o Troféu Mucuripe aos vencedores das Mostras Competitivas Ibero-americana de Longa-metragem, Brasileira de Curta-metragem e Olhar do Ceará (Longa e Curta). Este ano, o Melhor Longa, eleito pelo Júri Oficial da Competitiva Ibero-americana, receberá prêmio no valor de R$40 mil, a ser pago sob a forma de recursos para distribuição da obra no Brasil, dentro dos critérios do regulamento. 

Entre os prêmios do Cine Ceará, os curtas-metragens em competição também disputam o Prêmio Canal Brasil de Curtas, que tem o objetivo de estimular a nova geração de cineastas. O vencedor é escolhido por um júri composto por críticos e jornalistas especializados em cinema. Além de receber o troféu Canal Brasil e um prêmio no valor de R$15 mil, o curta ganhador vai para a grade do canal, que exibe curtas-metragens todos os dias. Há 27 anos no ar, o Canal Brasil está presente nos mais representativos festivais de cinema do país desde a sua fundação, respirando e existindo através do cinema brasileiro. 

QUEM FAZ O CINE CEARÁ 

O 35º Cine Ceará é uma realização do Ministério da Cultura, por meio da Secretaria do Audiovisual e da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB); da Associação Cultural Cine Ceará; e da Bucanero Filmes. Tem o apoio institucional do Governo do Ceará, por meio da Secretaria da Cultura, via Mecenas do Ceará e Edital de Festivais Culturais Calendarizados (PNAB); e da Universidade Federal do Ceará, via Casa Amarela Eusélio Oliveira. Conta ainda com o apoio do Banco do Nordeste, do Complexo Portuário do Pecém, do Grupo Edson Queiroz, da Freitas e da Dominus Imobiliária e Corretora de Seguros, através da Lei Rouanet. Tem patrocínio da Enel e Cegás através do Mecenato Estadual. Apoio: Câmara Municipal de Fortaleza. Patrocínio: Assembleia Legislativa do Estado do Ceará. 

SERVIÇO 

35° Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema – De 20 a 26 de setembro de 2025 em Fortaleza. Informações: www.cineceara.com. Instagram: @cineceara, Facebook: Festival Cine Ceará. E-mail: [email protected]. Toda a programação tem acesso gratuito. 

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Destaque

Hiccaro Rodrigues
Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: [email protected]