Sweet Tooth é o novo sucesso da Netflix, a série de drama e fantasia é baseada na história em quadrinhos homônima de Jeff Lemire, que conta a história do “Grande Esfacelamento” um evento que causou estragos no mundo e levou ao misterioso surgimento de híbridos: bebês nascidos parte humanos, parte animais. Sem saber se os híbridos são a causa ou o resultado do vírus, muitos humanos os temem e os caçam. A série é fantástica e pra lá de imperdível!
Baseada nos quadrinhos da DC Comics, Sweet Tooth parece que flerta o tempo todo com o “caos” que estamos enfrentando na pandemia. A produção fala sobre um vírus devastador que leva as pessoas a desconfiarem umas das outras, se isolarem e principalmente a terem medo uns dos outros (quer algo mais atual que isso?). Mesmo tratando de um tema pesado e atual, a série ainda consegue tratar sobre esperança. O representante mensagem que irá acalentar o coração do espectador é o jovem e ingênuo protagonista Gus (Christian Convery) que é brilhante em suas cenas (falaremos mais adiante). O cenário pós-apocalíptico da série é fantástico e extremamente rico de detalhes. Para quem leu os quadrinhos o resultado da adaptação é muito fiel a HQ é deve agradar, mesmo com o conteúdo sendo amenizado, no que diz a respeito a questões da violência na história, que quase nunca aparece, mas é sugerida de modo eficaz. Os episódios apresentam algumas tramas paralelas que nunca se atropelam e sim fluem de modo coordenado, até que se cruzem, algo que é um acerto muito bem desenvolvido pela grande equipe de roteiristas escaladas pelo criador da série Jim Mickle (Stake Land – Anoitecer Violento).
Sweet Tooth durante toda sua temporada usa,com maestria diversos gêneros: temos momentos de tensão, terror (muito sutil), drama e de aventura. Todos esses gênero está aliado a uma trilha sonora que encanta e casa perfeitamente com o que vemos. O único ponto fraco da série são alguns efeitos especiais, em especial os vistos em paisagens, que soam artificiais e de outros animais e de alguns híbridos (Wendy e Gus são os melhores, mas outros deixam a desejar). Quando a série investe no uso de próteses, maquiagem e animatronics, esses efeitos dão um grau de realismo dificilmente alcançado por produções do gênero e até melhor que o CGI. A presença do narrador, às vezes é redundante e desnecessária. Mas nenhuma dessas “falhas” atrapalha a experiência e a imersão na história.
O elenco é encantador. Christian Convery é o nosso guia a esse novo mundo e seu personagem é apaixonante. Nonso Anozie (Artemis Fowl) cria o típico turrão que possui bom coração. A química entre seu personagem e Gus é ótima e a interação de ambos em tela conquista o público. Os demais personagens possuem sua importância na série e são bem desenvolvidos.
Sweet Tooth é uma das melhores adaptações de HQ’s do ano de 2021. Acompanhar a viagem de Gus e Jepperd é uma experiência pra lá de encantadora. Assista de coração aberto e se apaixone por essa história. Que venha logo a 2ª temporada para aquecer nossos corações.