dom, 28 abril 2024

Crítica | Carter

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A história segue um homem que acorda em um quarto de motel sem se lembrar de quem ele é, exceto pela voz de uma mulher em seu ouvido que o chama de Carter. Então, ele é lançado em uma missão emocionante enquanto foge de vários grupos de pessoas. A produção sul-coreana é dirigida por Jung Byung-gil (Action Boys) e conta com roteiro de Jung Byeong-sik (The Villainess) e do próprio Byung-gil.

Frenético e violento são os adjetivos dados ao primeiro ato, desta produção que faz um mix de gêneros cinematográficos. O começo do filme é algo realmente ousado. Carter, assim como o espectador, não tem informações sobre quem é e o que fez para que a CIA, exército sul-coreano e norte-coreano estejam querendo sua cabeça. Uma uma voz misteriosa vinda de um dispositivo em seu ouvido o guia em uma missão quase suicida. A partir daí, o que temos é muitos tiros, muita porrada e uma verdadeira bomba! A violência gráfica é bem dosada e faz jus a classificação +18, as cenas de lutas são bem coreografadas e filmadas. A direção de Byung-gil emula um plano sequência por todo o filme, que inicialmente é bem feito, com cortes pontuais que não atrapalham a diversão. O primeiro ato todo ocorre em ambientes fechados e consegue ser muito bem filmado e elaborado. Porém, a partir do momento que a trama saí do prédio, o filme e a história de Carter se perdem. Diversos personagens surgem e desaparecem sem dizer a que vieram na trama, as cenas de ação se passam em cenários feitos em chroma key que são tão falsos quanto uma nota de 3 reais, carros, helicópteros em CGI surgem e são destruídos em cenas muito mal finalizadas e a história se perde entre os seus gêneros: não é assustadora na parte em que aposta em zumbis, não é tão empolgante na ação (mesmo este elemento sendo o ponto mais forte) e não é tensa o suficiente para prender o espectador, sobre quem realmente é o protagonista. Lembram do plano sequência que falei? Do segundo ato em diante, são tantos cortes que eles mais atrapalham do que ajudam, sem falar da péssima mania do diretor em girar a câmera a cada cinco minutos em torno das cenas de luta. O último ato…

As ideias apresentadas pelo roteiro e direção são boas, porém não são bem executadas. As cenas que acontecem numa pista com três carros e a do trem, são exemplos de que o filme possui boas ideias e que com um pouco mais de capricho nos efeitos especiais, o resultado final, ajudaria bastante a trama. O personagem principal vivido por Joo Won (Good Doctor) carece de carisma para conduzir a história. Nas cenas de luta o ator detona e manda muito bem, mas na parte que condiz em interpretar e até conquistar o público com seu personagem, Won deixa muito a desejar. No fim da história, nem ele, nem o espectado sabem quem afinal de contas era Carter.

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Carter é uma produção de ação que é competente nas cenas de combate e na violência gráfica. Apenas nisso! Em todo o resto o filme possui falhas que uma a uma vão minando o entretenimento do espectador. Num resumo honesto, esse filme é um passeio sangrento para lugar nenhum.

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Hiccaro Rodrigues
Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: [email protected]
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