qui, 21 agosto 2025

Crítica | Anônimo 2

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Em Anônimo 2, o pai de família Hutch Mansell retorna para lidar novamente com seu passado violento quatro anos após os eventos do primeiro filme. Depois de retornar ao trabalho repleto de perigos, socos e pancadas que tinha abandonado para criar e cuidar de sua família, Hutch está cada vez mais distante de sua esposa Becca e os filhos e sobrecarregado com as novas missões. Para tentar se redimir, o homem decide levar todos numa viagem a um parque de diversões aquático que costumava passar as férias de verão na infância com seu irmão. Acompanhado de seu pai, os cinco chegam na charmosa, pacata e turística cidade de Plummerville, prontos para curtir os dias em família sem distrações de trabalho. Esses planos, porém, saem do eixo quando uma briga inesperada e aparentemente trivial com alguns encrenqueiros locais desencadeia uma série de eventos perigosos.

O roteiro escrito pela dupla Derek Kolstad (John Wick – De Volta ao Jogo) e Aaron Rabin (This Light Rains) tenta construir uma premissa focada nos laços familiares e usa o tema apenas como justificativa para a nova aventura. Se nesse quesito o texto deixa a desejar, pois nunca a história nunca se aprofunda nos dilemas propostos, por outro a dupla de roteirista acerta e ao criar cenas de ação de tirar o fôlego. As cenas são absurdas, violentas e repletas de sangue e muito bem filmadas, tendo poucos cortes e sendo feitas com o máximo de exagero, o que é maravilhoso de ser visto. A direção de Timo Tjahjanto (Headshot) é frenética e dá espaço para que o espectador entenda a situação, os perigos e as cenas de ação. Por fim, a produção não tenta criar nada de novo, mas sabe executar muito bem aquilo que já vimos e revimos em outras produções do gênero de ação.

A montagem dá ritmo ao filme e faz os seus 89 minutos passarem voando, além disso, o filme apresenta cenas de transições internas e eternas que são fantásticas e muito bem realizadas, mostrando a habilidade do diretor em construir cenas de ação.

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O elenco está bem em seus papéis, mas o único com um arco bem desenvolvido é Bob Odenkirk (Breaking Bad) que se entrega, novamente, de corpo e alma ao papel, se divertindo muito em cena. O ator fez todas as suas cenas de ação (manejando as armas) e aos 62 anos se torna um grande nome dos filmes de ação. O restante do elenco (do núcleo familiar) tem mais espaço os atores e entregam ótimas atuações. Sharon Stone (Cassino) tem pouco espaço e entrega uma atuação caricata, mas que agrega bastante ao projeto.

Anônimo 2 é tão bom quanto o primeiro filme, sendo uma diversão honesta e repleta das melhores cenas de ação de 2025! Que venha uma terceira aventura de Bob Odenkirk e cia.


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Hiccaro Rodrigues
Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: [email protected]
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