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    Crítica | Bem-Vindos ao Wrexham

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    O futebol é o esporte mais popular do planeta! Uma partida desse apaixonante esporte é sempre disputado por duas equipes compostas por 11 jogadores, em geral, que jogam em um campo, com o objetivo de marcar o máximo possível de gols. Mais do que uma competição, o futebol acaba sendo um importante pilar da identidade de um país. E não, por mais que pareça esse texto não irá tratar da paixão brasileira pelo esporte e nem por um clube daqui. O foco aqui será analisar a série documental Bem-Vindos ao Wrexham, que mostra a obsessão de uma pequena cidade localizada no País de Gales, pelo clube de futebol da cidade de Wrexham, que foi adquirido pelos atores Rob McElhenney e Ryan Reynolds.

    De Hollywood ao País de Gales, do campo ao vestiário, do escritório ao pub, Bem-vindos ao Wrexham mostra o curso intensivo de administração de clubes de futebol que Rob McElhenney (It’s Always Sunny in Philadelphia) e Ryan Reynolds (Deadpool) devem fazer e os destinos inseparáveis e entrelaçados de um time e uma cidade que contam com dois atores para trazer esperança e mudança para uma comunidade que precisa delas. Essa sinopse é o resumo perfeito do que realmente vemos nos 18 episódios da produção dirigida por John Henion (The Playbook), que conduz a sua narrativa com muito bom humor mostrando todas as faces (lados positivos e negativos) do novo empreendimento da dupla de atores.

    O documentário começa mostrando como se deu a aquisição do clube por Reynolds e McElhenney e a repercussão dessa decisão. Os atores usam seu bom humor a todo momento para mostrar que estão entrando em águas misteriosas. Essas situações são divertidas de serem vistas e mostram como funciona a administração da dupla no clube. Com o tempo o foco principal da série deixa os atores de lado e começa a focar suas atenções nos habitantes e nos jogadores do Wrexham AFC. A devoção dos habitantes pelo clube, a dedicação dos jogadores e da equipe técnica são os fios condutores perfeitos desta narrativa que emociona. As partidas exibidas mesclam as diversas histórias tocantes dos cidadãos e dos atletas com o drama de cada partida, afinal de contas o futebol e feito de vitórias e derrotas. Não se importar com esses personagens é difícil, mesmo para quem nunca acompanhou futebol de perto. A edição e a fotografia são grandes destaques da produção, ambos aliados a uma narrativa em off conseguem mostrar a tensão das situações enfrentadas tanto pelo clube nas partidas como pelos torcedores durante as partidas da temporada que pode tirar o clube da última divisão do futebol profissional da Inglaterra.

    Mesmo sendo divertida e tocante a produção deixa algumas questões em aberto e não se aprofunda muito na relação dos atores com o clube. Afinal de contas, por que eles compraram o Wrexham? A resposta apresentada, nunca é satisfatória. Com isso, McElhenney e Reynolds acabam sendo reduzidos a meros apoios financeiros, que com seus nomes podem fornecer um suporte ao clube e a cidade. A paixão deles pelo esporte e clube nunca é vista ou sentida, algo que gera estranheza, mas que não prejudica a produção que tem seus melhores momentos quando foca sua atenção nos habitantes da cidade e no clube de futebol.

    Bem-vindos ao Wrexham é uma goleada de entretenimento e mostra que o futebol não é apenas um esporte, mas sim um elo de união que move a sociedade. A produção consegue explorar com êxito as histórias e as marcas que um clube deixa na vida dos jogadores, funcionários e fãs de um clube.

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