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    Crítica | Berlim

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    A nova série derivada de La Casa de Papel, mostra um dos personagens mais queridos do fãs em seus dias de glória. Berlim reúne um bando talentoso em Paris para uma missão impossível: roubar 44 milhões de euros em joias vindas de 34 cidades em apenas uma noite. A série spin-off acontece muito tempo antes dos acontecimentos vistos na primeira temporada da produção.

    Ao contrário da série spin-off La Casa de Papel: Coreia, que apostou suas fichas em contar a mesma história do original, com os mesmos personagens, mesmas características e dinâmicas. Berlim, muda o foco de sua narrativa e deixa de lado a ideia de repetição apresentando um novo assalto, com muitas novidades. Álex Pina (Sky Rojo), criador da série original, retorna e busca explorar um lado humano do personagem vivido por Pedro Alonso (O Silêncio do Pântano). O romance é o fio condutor dessa engenhosa trama de assalto. O amor não acontece apenas entre o casal protagonistas, mas envolve outros personagens, algo que coloca um leveza na história. A narrativa é bastante objetiva, mesmo saindo dos trilho para focar no romance de diversos personagens, algo que torna ela superior a produção original que demorava muito para desenvolver certas situações.

    Se existe um problema na narrativa de Berlim, ele acontece quando as motivações e o passado do protagonista se tornam o principal elemento da narrativa. O herói, em alguns momentos parece outra pessoa, a produção não aborda sua doença e seu lado vilanesco está adormecido. Mas esses não são elementos que vão atrapalhar a diversão, apenas podem causar estranheza.

    A ambientação e construção dos personagens na capital francesa são bem construídas, toda a dinâmica é intercalada com o uso de bons planos, em especial quando vemos os golpes sendo aplicados. A trama tem um bom ritmo e conta com uma ótima fotografia, repleta de vida e cores. Os golpes apresentados são bastante criativos e bem críveis dentro do universo apresentado (apesar de algumas conveniências do roteiro). O retorno de outros personagens da série original, acontece de modo natural e não são aparições gratuitas. As personagens tem importância para narrativa e ajudam a produção a focar na trama de assalto, que em alguns momentos é deixada em segundo plano. A química do elenco é ótima e as novas adições na mitologia La Casa de Papel são apaixonantes, mas é inegável que Alonso é dono do show, ao compor um personagem único e pra lá de carismático.

    Berlim é uma das melhores série spin-off já feitas na atualidade. Divertida, objetiva e apaixonante, o início de uma possível nova franquia acontece como um novo amor: repleto de coisas boas e sem muitos defeitos aparentes. Resta saber o que o futuro reserva para uma nova aventura.

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    ANÁLISE GERAL
    NOTA
    Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: hiccaro.rodrigues@estacaonerd.com
    critica-berlim A nova série derivada de La Casa de Papel, mostra um dos personagens mais queridos do fãs em seus dias de glória. Berlim reúne um bando talentoso em Paris para uma missão impossível: roubar 44 milhões de euros em joias vindas de 34 cidades...
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