sex, 26 abril 2024

Crítica | Bohemian Rhapsody

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Bohemian Rhapsody, filme que estreia dia 1º novembro, mostra o sucesso meteórico do Queen através de suas canções icônicas e conta detalhes da vida da lenda chamada Freddie Mercury, mostrando as suas paixões, dramas e o seu triste fim (vítima da AIDS).

Primeira coisa que preciso dizer sobre Bohemian Rhapsody é: Rami Malek (Mr. Robbot) é um bom Freddie Mercury. Ele imita bem os movimentos e em alguns momentos convence, não apenas pela semelhança física, por demonstrar em tela o magnetismo que Mercury tinha no palco. Para ser Freddie Mercury, é preciso entender Freddie Mercury. É Malek parece ter entendido isso. A sua cena de maior destaque fica para a participação do Queen no Live Aid, onde ele é a personificação viva do cantor no palco. Malek merece ser indicado ao Oscar de Melhor ator (digo até mais, merece vencer). Sua atuação é de longe uma das melhores coisas de um filme que possui alguns problemas.

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Para os fãs mais fiéis do Queen será fácil notar um deles: As inúmeras imprecisões históricas. Um exemplo é uma cena, que ocorre em 1975, na qual vemos Mercury  explicando que “Love Of My Life” foi escrito para o “amor de sua vida”, enquanto na tv aparecem imagens (reais) do show feito no Rio de Janeiro. O problema dessa cena é que o show em questão ocorreu apenas 10 anos mais tarde (1985). Para quem conhece a história do Queen, isso pode incomodar um pouco.

Outro problema do longa é a sua duração, são duas horas e trinta minutos, que não são bem aproveitados. O filme começa de modo alucinante, jogando fatos aleatórios que ocorreram na carreira da banda e da vida de Mercury (tais como o questionamento de sexualidade e a sua conturbada relação com a família) todos esses fatos são vistos de modo brando e bem superficial, nunca sendo aprofundados, o que é uma pena.

O elenco está que interpreta os demais integrantes da banda estão pra lá de afinados (desculpem o trocadilho, rs) a escolha dos atores foi bastante feliz. Gwilym Lee (O Turista) que interpreta Brian May é mais parecido com o Brian May do que o próprio Brian May. Joseph Mazzello (Jurassic Park) é bastante parecido com John Deacon e Ben Hardy (X-Men: Apocalipse) não se parece tanto com Roger Taylor mas se saí bem na sua atuação. O destaque do elenco principal fica para Lucy Bointon (Ballet Shoes) que mesmo com pouco tempo em tela, possui uma bela química com Malek interpretando Mary Austin, o primeiro amor e fiel amiga de Mercury.

A fotografia, maquiagem, cabelo, roupas nos remete aos anos 70 e 80. A preocupação com a caracterização foi evidente e deve ser lembrada no Oscar, pois está simplesmente fenomenal.

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O ponto alto do filme é a composição do tema Bohemian Rhapsody. Aqui é deixado tempo para o filme se desenrolar sem atropelos. É divertido ver o método criativo de Freddie para compor a letra da canção, a sua obsessão em puxar a voz de Roger Taylor ao limite, para “só mais um Galileo” entre outras peculiaridades. Uma curiosidade do filme foi utilização do áudio original do Queen na cena da apresentação no Live Aid. Isso ajudou a elevar a performance de Rami Malek, que é bom ator mas não canta nada.

Em resumo vá ao cinema para ver, sentir e ouvir Bohemian Rhapsody. Mesmo com alguns defeitos, este é um bom filme que serve como uma bela celebração ao Queen e tudo que Freddie Mercury e suas músicas representam.

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Hiccaro Rodrigues
Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: [email protected]
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