sex, 2 maio 2025

Crítica | Clair Obscur: Expedition 33 é o jogo do ano até o momento

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A era dos RPGs de turno, definitivamente voltou e se solidificou com uma força digna de outras épocas, graças a games de extrema relevância que vêm reconquistando o mercado, tal como o game em questão, Clair Obscur: Expedition 33.

Clair Obscur: Expedition 33 foi lançado em 24 de abril de 2025. O jogo é um RPG por turnos com uma estética única que combina elementos de fantasia e narrativa profunda, inspirada em jogos como Final Fantasy e Persona. Ele foi desenvolvido pela Sandfall Interactive, um estúdio indie francês, e publicado pela Kepler Interactive, uma editora conhecida por apoiar projetos independentes de alta qualidade. O jogo está disponível para PC (via Steam), PlayStation 5 e Xbox Series X|S (lançado no day one na Game Pass), oferecendo uma experiência otimizada para a nova geração de consoles.

A relação dos desenvolvedores com a Ubisoft é indireta, mas notável. A Sandfall Interactive é composta por 33 ex-funcionários da Ubisoft, incluindo membros que trabalharam em títulos como Assassin’s Creed e Ghost Recon. Essa experiência em grandes produções AAA influenciou a criação de Clair Obscur, que, apesar de ser um projeto indie, apresenta uma qualidade visual e narrativa que reflete o background dos desenvolvedores em jogos de grande escala. A Sandfall, no entanto, opera de forma independente, sem envolvimento direto da Ubisoft na produção ou publicação do jogo.

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HISTÓRIA

Em um enredo com pano de fundo diferente, nada medieval ou Cyberpunk como a maioria dos RPGs, mas algo mais parisiense, lembrando muito a época do iluminismo, Clair Obscur: Expedition 33 traz algo linear, simples e à primeira vista, pouco complexo, mas que funciona muito bem.

O jogo se passa em um mundo devastado por um evento catastrófico conhecido como “Fratura”, que fragmentou o continente e isolou a cidade de Lumière, inspirada na Paris da Belle Époque, mas agora repleta de ruínas distorcidas. Nesse universo, uma entidade sobrenatural chamada Artífice emerge após a Fratura e, anualmente, pinta um número em um monólito. Esse ato condena à morte instantânea (transformando todos em pétalas) todos os habitantes que atingiram a idade correspondente ao número. A cada ano, o número diminui, aproximando a humanidade da extinção.

Os protagonistas são membros da Expedição 33, grupo formado por indivíduos que, como Gustave (o líder), têm exatamente 33 anos e apenas um ano de vida restante. Sua missão é desafiar a Artífice e quebrar o ciclo de destruição, mesmo sabendo que todas as expedições anteriores falharam.

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A história é dividida em Atos e Epílogos, com reviravoltas que subvertem expectativas. Por exemplo, uma tragédia inicial durante a expedição força os personagens a confrontar a realidade de sua missão, enquanto segredos sobre a origem da Artífice e o verdadeiro propósito das expedições anteriores são revelados progressivamente.

GAMEPLAY

Sim, Clair Obscur: Expedition 33 é um RPG de turnos, entretanto, extremamente dinâmico, e dominar este dinamismo fará o player progredir de modo vitorioso nesta belíssima aventura.

Além dos tradicionais comandos de ATAQUE, ITENS e HABILIDADES, também é possível melhorar seus ataques, esquivar apertando botões no momento certo (lembrando Mario Paper e Mario RPG) e aparar ataques (no melhor estilo Souls). Tudo isso deixa a gameplay bem diferenciada, não sendo algo monótono, mas deixando o gamer sempre em alerta para acertar defesas e perder o mínimo de HP possível.

Tal qual muitos RPGs clássicos, quando sumonamos habilidades mágicas elementais, além do dano direto o HP, as magias também causam danos que se alongam por turnos, assim como “queimar” e “lentidão”. E por último, temos a opção “Mira” onde é possível utilizar uma arma de longa distância para acertar um ponto fraco de um monstro, e assim, tirar uma boa quantia de vida.

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Quando não estamos em batalha, não há aquela velha questão de metroidvanias de idas e vindas, mas sim, uma linaridade na movimentação e exploração do que está em nossa visão, dando simplicidade ao game.

AUDIOVISUAL

Os gráficos são diferentes dos padrões atuais, nada de hiper Realismo ou pixel ou animes, mas o game em pauta traz algo diferenciado. Seus gráficos lembram um quadro pintado a mão, o que pode trazer estranheza, mas com o decorrer do tempo, trará muita satisfação por algo tão belo.

As diferenças entre locais iluminados e locais escuros, bem como batalhas e andanças, propiciam grande encanto para os amantes de belas artes como um todo.

No quesito musical todo é imersivo e cativante, a trilha sonora assusta de tão bela e os sons em geral também mostram muita qualidade, dando aquele belo arredondamento ao título, onde, enredo, gráficos, sons e jogabilidade, se unem para um jogo incomparável.

Conclusão

Clair Obscur: Expedition 33 mostra que os AA podem ser o grande refugio para um universo gamer cheio de AAA que não agregam em nada a atual geração, fazendo com que tudo seja caro e menos do que o esperado.

O final do jogo é descrito como “arrebatador”, com escolhas que testam a moralidade dos personagens e culminam em um confronto que redefine o destino do mundo. A sensação de luto permeia não apenas a história, mas também o jogador, que se apega aos personagens e suas jornadas.

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Marcel Botelho
Marcel Botelhohttp://estacaonerd.com
Sou radialista, apresentador de televisão, colunista, redator e escritor, sou apaixonado pela área de comunicação e principalmente por games, desde a minha infância. Como editor e redator da área de games do Estação Nerd, espero levar até vocês muita informação e entretenimento com muita qualidade e alegria.
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