sáb, 12 abril 2025

Crítica | Devil May Cry

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A série Devil May Cry, baseada na icônica franquia de games da Capcom, chegou na Netflix contando a história de Dante, um jovem caçador de demônios que busca vingança pela morte de sua família. No entanto, quando uma ameaça coloca em risco a barreira entre o submundo e o mundo humano, ele precisa impedir que criaturas malignas escapem e causem o caos. Assim, com um passado marcado por traumas, Dante conta com suas habilidades de combate e aliados inesperados para enfrentar o perigo e evitar a destruição da humanidade.

A série animada produzida pelo estúdio de animação Studio Mir (A Lenda de Korra) é muito criativa ao apresentar o seu universo repleto de demônios e já nos primeiros minutos introduz a ação, violência e seu irreverente protagonista de modo muito natural. As cenas de ação são muito bem elaboradas, sendo o ponto mais alto dessa narrativa que também tem um roteiro que se propõem a explorar as motivações dos seus personagens centrais, dando a eles arcos que são envolventes e bem desenvolvidos.

Se por um lado os arcos foram bem desenvolvidos e deram profundidade aos personagens, por outro diversas releituras (mudanças) foram feitas e elas podem não agradar os fãs mais fieis da franquia. Personagens memoráveis da franquia de games como Plasma (vilão do primeiro jogo), Agni e Rudra (terceiro jogo), Echidna (quarto jogo) e Cavaliere Angelo (quinto jogo) surgem como meros capangas e são desperdiçados. Porém a maior mudança acontece com Lady que tem sua origem alterada, sendo lançada a protagonista em alguns momentos (o que não é ruim, já que por ser tratar de uma adaptação é necessário criar uma história, afim de tornar os personagens interessantes e não depender apenas do protagonista para fazer a trama andar).

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O grande problema da história reside nos paralelos inseridos com o mundo real. A motivação do vilão (personagem inédito) é crível, mas as temáticas referentes a extremismo religioso, patriotismo, imigração e terrorismo surgem de modo forçado numa trama que trata sobre um universo onde demônios são reais e pode caminhar para um final decepcionante para os fãs que preferem uma adaptação mais fiel da franquia.

As referências aos games da Capcom e da própria franquia farão a alegria dos fãs e são easter-eggs bem espalhados entre os oito episódios, destaque para o que cita um crossover, que todo fã adoraria ver. A trilha sonora é outro destaque da produção e dá ritmo as cenas, se tornando um personagem em alguns momentos, o que só engrandece ainda mais a história.

Devil May Cry é uma produção ágil, debochada e violenta, mas foi feita para apresentar o universo infernal a quem não conhece a franquia de jogos, algo que pode desagradar. O que é certo é que a série é muito interessante e merece uma segunda temporada, o quanto antes.

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Hiccaro Rodrigues
Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: [email protected]
A série Devil May Cry, baseada na icônica franquia de games da Capcom, chegou na Netflix contando a história de Dante, um jovem caçador de demônios que busca vingança pela morte de sua família. No entanto, quando uma ameaça coloca em risco a barreira entre...Crítica | Devil May Cry