dom, 22 dezembro 2024

Crítica | Espontânea (Spontaneous)

Publicidade

Espontânea é o filme mais sangrento de 2020. Sem exageros, o filme faria inveja a Quentin Tarantino (Era uma Vez em… Hollywood). Não pela ousadia da sua narrativa, mas sim pelos litros jorrados na sua criativa trama. O filme mostra que crescer é algo complicado, mas quando alunos aleatórios explodem na sala de aula sem motivo aparente, as coisas ficam bem mais difíceis. Enquanto o caos respingado de sangue se inicia, Mara e Dylan se apaixonam inesperadamente.

Foto: Paramount Pictures/Divulgação

Criatividade é algo que transborda nesta trama adolescente que usa uma premissa incomum para falar sobre amadurecimento. O que você faria se estivesse na sua sala de aula, e a garota que senta na sua frente, literalmente, EXPLODISSE? A resposta você encontra neste longa, baseado num romance de Aaron Starmer. O filme durante sua trama brinca com alguns gêneros: terror, romance adolescente, comédia e a os dilemas de ser adolescente. Tantos gêneros em um só poderiam arruinar o filme, mas é isso que faz Espontânea uma obra única.

O longa até tenta, em alguns momentos, revelar o que “deabos” está acontecendo para tantos jovens começarem a explodir. As teorias criadas para explicar são hilárias, e o filme pouco liga para a resposta. O foco é outro. Esses “incidentes” servem apenas como um plano de fundo para falar sobre o que é virar adulto. A narrativa em off, às vezes, é invasiva. Mas nada que atrapalhe a trama ou o seu desenvolvimento. O roteiro escrito por Brian Duffield (autor do livro) é ácido e instigante. A cena na qual o casal protagonista reencena “ET” é absolutamente boba e divertida. Outra cena de destaque é uma de puro terror que acontece perto do fim do filme, mas que não irei descrever, porém essa é sem dúvida uma cena marcante e digna de menção. O plano sequência feito é maravilhoso e transmite o caos da situação, além do pânico da situação. Afinal, quem será o próximo a explodir?

Publicidade
Hayley Law (left) and Katherine Langford star in “Spontaneous” (2020).

Espontânea tem um elenco carismático, Katherine Langford (Entre Facas e Segredos) rouba as cenas com seu jeito espontâneo e louco de ser. A quebra da 4ª parede ajuda a nós aproximar dela. Charlie Plummer (Todo o Dinheiro do Mundo) complementa a personalidade da personagem de Langford com a tranquilidade necessário, no fim eles formam um belo casal.

Estranhamente original, Espontânea trata dos dramas do universo adolescente com bastante bom humor. O filme é um retrato perfeito dessa fase das nossas vidas: quer ser de tudo um pouco e ao mesmo tempo. O mais engraçado é que mesmo com essa “bagunça” o filme se encontra, encanta, entretém e emociona, assim como todo adolescente com o passar do tempo.

Publicidade

Publicidade

Destaque

Crítica | Chico Bento e a Goiabeira Maraviósa

A Turma da Mônica, criada por Maurício de Sousa...

Crítica | Bagagem de Risco

Em Bagagem de Risco, Ethan Kopek (Taron Egerton), um...

Nosferatu | Diretor agradece Bob Esponja por apresentar personagem aos jovens

Em entrevista à Variety, Robert Eggers, diretor da nova...
Hiccaro Rodrigues
Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: [email protected]
Espontânea é o filme mais sangrento de 2020. Sem exageros, o filme faria inveja a Quentin Tarantino (Era uma Vez em... Hollywood). Não pela ousadia da sua narrativa, mas sim pelos litros jorrados na sua criativa trama. O filme mostra que crescer é algo...Crítica | Espontânea (Spontaneous)