A nova parceria de Doug Liman (No Limite do Amanhã) e Tom Cruise resolve abordar a história real de Barry Seal, um simples piloto comercial que no início dos anos 80 trabalhou para nada menos que a CIA, Pablo Escobar e a Casa Branca. Mostrando o mundo de corrupção, drogas, armas e de muito dinheiro (eu disse MUITO dinheiro), que um ser humano poderia se envolver.
O filme começa bem usando um método de contar sua história num estilo semelhante ao que foi visto em O Lobo de Wall Street, além de usar filtros que fazem com que tenhamos a sensação de estar vendo algo que foi produzido nos anos 80, pena que isso não se mantenha durante toda a projeção o que causa um certo desconforto, mas não prejudica a narrativa.
Feito na América é um filme que foca nas situações absurdas que seu protagonista se meteu na vida, porém o filme sabe que aquilo que está sendo contado é absurdo demais para ser levado a sério e com isso faz um filme com toques de comédia oferecendo assim uma divertida experiência nas suas quase duas horas de duração (tal duração faz com que o filme em alguns momentos pareça arrastado, talvez uma duração menor fosse o ideal).
Tom Cruise volta a ter um bom desempenho, depois do terrível A Múmia lançado esse ano, num filme que não é de ação mostrando o bom ator que é, dando ao seu Barry Seal um ar simpático e carismático enquanto navega num mar de crimes e drogas. Os demais atores não tem muito tempo para desenvolver seus personagens, o que é uma pena.
Feito na América conta uma história real e completamente absurda, porém divertida e tem como seu ponto alto a atuação de Tom Cruise. Porém sua extensa duração e a falta um tom mais sério em alguns momentos atrapalham a nova parceria entre Liman e Crusie.